Terça-feira, 7 jan 2020 - 09h56
Por Maria Clara Machado
Uma grande quantidade de fumaça marrom acinzentada atravessou o oceano Pacífico rumo à América do Sul, transportadas por correntes de vento nos altos níveis da atmosfera. Através de imagens de satélite da NOAA é possível observar a pluma de fumaça avançando sobre o Chile e a Argentina em direção ao Brasil.
Imagem de satélite mostra pluma de fumaça sobre a América do Sul. Crédito: NOAA. Projeções indicam que partículas da fumaça, que teve origem nos graves incêndios florestais do leste e sudeste da Austrália, passam também pelo Sul do Brasil nesta terça-feira. As correntes de vento acima de 13 quilômetros de altitude que percorrem todo o oceano entre a Austrália e a América do Sul chegam diretamente ao Rio Grande do Sul. Imagem de satélite indica o caminho percorrido pela pluma de fumaça entre a Austrália e a América do Sul. Credito: NOAA. A fumaça percorreu 12 mil quilômetros pela segunda vez em pouco tempo. No final de novembro a mesma situação foi observada quando a fumaça dos incêndios em Nova Gales do Sul, na Austrália, atingiram o território argentino. A NASA chegou a divulgar uma animação com a projeção real do transporte de carbono preto ao longo do oceano Pacífico, entre a Austrália e a Argentina. Desta vez, as imagens da pluma de fumaça são bem nítidas cobrindo o centro da Argentina, avançando de oeste para leste, em direção ao Uruguai e o oeste gaúcho. O Serviço Meteorológico Nacional da Argentina (SMN) e o Departamento Meteorológico de Santiago afirmaram que a fumaça não oferece risco direto à saúde da população, pois ela se encontra a pelo menos 6 quilômetros de altura, estando longe da superfície. O que aconteceu foi apenas uma alteração na coloração do céu. Entardecer acinzentado em Buenos Aires, Argentina, na segunda-feira, devido a presença de fumaça. Crédito: Imagem divulgada pelo twitter @GaboAir Entretanto para o Rio Grande do Sul há previsão de chuva, o que pode acabar levando parte das partículas para o solo. Outra parte deve se dissipar pela ação dos ventos sobre o Oceano Atlântico, explicam os meteorologistas.
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