Sexta-feira, 17 jul 2020 - 16h33
Por Maria Clara Machado
A ilha vulcânica de Nishinoshima passou mais uma semana em alerta laranja, emitido pela Agência Meteorológica do Japão (AMJ). Nishinoshima faz parte do arquipélago Ogasawara, que é composto por 30 ilhas vulcânicas, localizado a mil quilômetros ao sul de Tóquio, no Japão. A região vem chamando atenção dos especialistas já que seu crescimento bate recordes desde 2013.
Ilha vulcânica de Nishinoshima em atividade recente. Crédito: AMJ. O aviso da AMJ é para não se aproximar da região no Pacífico, sob risco de novas atividades vulcânicas. Baseado em dados de satélite e observações, o último relatório do Centro Consultivo de Cinzas Vulcânicas de Tóquio (VAAC) revelou que as plumas de cinzas de Nishinoshima subiram entre 12 a 20 mil pés de altitude, ou 3,6 a 6 quilômetros de altitude, no período recente entre 8 e 14 de julho. Embora seja uma ilha isolada existe a preocupação das cinzas vulcânicas serem transportadas pelos ventos em direção à ilha habitada de Chichijima.
Ilha vulcânica de Nishinoshima, registrada em cores reais pelo satélite Aqua, em 6 de julho de 2020. Crédito: NASA. As últimas atividades vulcânicas de Nishinoshima foram facilmente capturadas por imagens de satélites. O satélite Aqua da Nasa registrou em cores reais uma nuvem vulcânica se estendia a mais de 4 mil metros de altura no início do mês, no dia 6 de julho. A ilha vem aumentando desde 2013. Em 2017, Nishinoshima possuía 13 vezes o seu tamanho original. Segundo a Autoridade de Informação Geoespacial do Japão, com a ajuda de dados do satélite TROPOMI, da ESA (Agência Espacial Europeia ), a porção sul da ilha cresceu entre 140 e 180 metros entre 19 de junho e 3 de julho de 2020, o maior aumento observado em uma ilha vulcânica neste intervalo de tempo. |
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