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Terça-feira, 15 out 2019 - 14h29
Por Maria Clara Machado

Mancha de óleo faz Bahia decretar situação de emergência

A mancha de óleo que atinge o litoral do Nordeste desde o início de setembro, chegou ao estado da Bahia há 10 dias e vem se espalhando rapidamente, o que fez o governo decretar situação de emergência nesta segunda-feira, dia 14. Novas hipóteses estão sendo levantadas para tentar explicar a origem da mancha de óleo.

Óleo atinge praias de seis municípios da Bahia. Crédito: INEMA/Divulgação
Óleo atinge praias de seis municípios da Bahia. Crédito: INEMA/Divulgação

Com o decreto, mais verbas deverão ser liberadas para tentar conter o problema que é emergencial. Segundo a secretaria do Meio Ambiente do Estado, 35 toneladas de óleo já foram retiradas de seis municípios do litoral baiano. Atualmente, uma força tarefa com bombeiros, funcionários municipais e a Defesa Civil atuam na retirada do óleo.

A população foi alertada a não entrar em contato com óleo de maneira nenhuma. São manchas pretas, densas e contaminadas.

Em todo o Nordeste, são 156 praias de 71 municípios que já foram contaminadas pelo óleo, identificado como petróleo cru por análises laboratoriais. Além dos riscos aos banhistas, a grande preocupação é com o meio ambiente. São 14 unidades de conservação federais que já foram afetadas pela mancha de óleo entre o litoral do Maranhão e de Sergipe.

As tartarugas são as mais vulneráveis neste momento e muitas já foram recolhidas cobertas de óleo, mas todo o ecossistema é afetado e ainda não se sabe o que vai acontecer a médio e longo prazo, dizem os ambientalistas e especialistas. Ontem, o óleo voltou a aparecer na areia de praias de Sergipe e Alagoas, onde já tinha sido removido.

Mais hipóteses
A principal hipótese até o momento seria de um vazamento acidental de alguma embarcação desconhecida que navegava em águas brasileiras ou até da limpeza do porão de um navio. Pela grande quantidade de óleo já retirada das praias, a chance da limpeza do porão começou a ser descartada.

Nesta segunda-feira, uma nova hipótese surgiu. Tambores com óleo apareceram na Praia da Formosa, em Sergipe no fim de setembro.

A Universidade Federal de Sergipe fez duas análises do óleo contido nos barris e concluiu que este seria do mesmo tipo do óleo que vem se espalhando pelo litoral nordestino.

Os barris pertencem a Shell que alegou se tratar de um lubrificante para embarcações de um lote não produzido no Brasil, transportado em fevereiro. Os barris podem ter sido reutilizados por terceiros sem origem definida, de acordo com a Shell.

A Marinha do Brasil também não confirmou que o óleo dos barris seja o mesmo óleo proveniente da mancha, ou seja, petróleo cru. Os relatórios e as investigações prosseguem.



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