Segunda-feira, 18 nov 2019 - 15h24
Por Maria Clara Machado
A tristeza de ver Veneza inundada mais uma vez demonstra como a cidade está completamente vulnerável a elevação do mar. Um projeto grandioso e espetacular (projeto Mose) ainda tenta buscar uma solução para as inundações anuais, mas já movimentou bilhões de euros e ainda não conseguiu ser concluído.
Veneza registra inundações históricas. A cidade sofreu com a quarta inundação em uma semana. Foto divulgada no twitter @gp_santoro As inundações recentes são as maiores em 50 anos. Outra inundação aconteceu no último domingo em meio a tempestades e é a quarta em uma semana. O governo italiano declarou estado de emergência. A maré alta já invadiu grande parte de Veneza, que é cortada por inúmeros canais, atingiu construções históricas e pontos turísticos importantes da região há uma semana. O nível da água chegou a 187 cm na terça-feira, dia 12, o maior em cinco décadas. Já neste domingo, dia 17, água alcançou 150 cm, também resultando em um cenário desolador. Cerca de 70% do centro histórico está alagado. Veneza registrou a quarta inundação em uma semana. Foto divulgada no twitter @gp santoro O ponto principal de Veneza, a Praça São Marcos, está fechada, tomada pelas águas e apenas policias e soldados podem circular pela região. Pelo menos sete pontos turísticos foram afetados na cidade na última semana e os hotéis reportaram vários cancelamentos até dezembro. Os museus municipais também foram fechados por precaução e 50 igrejas foram invadidas pela água. No início das marés altas, em 11 de novembro, duas pessoas morreram vítimas de choque elétrico. Segundo as previsões, a maré deve começar a baixar nos próximos dias e os danos avaliados. A prefeitura de Veneza calcula que os prejuízos cheguem a 1 bilhão de euros. Hoje 50 mil pessoas moram em Veneza, mas a cidade ainda vive do forte turismo e chega a receber 36 milhões de estrangeiros por ano. |
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