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Administrador      
Tremor de baixa intensidade é sentido em Curitiba, PR Um tremor de baixa intensidade, de magnitude 2.5, foi registrado próximo à cidade de Curitiba, PR, na terça-feira, 23 de abril de 2019. O evento foi registrado pelo centro de sismologia da Universidade de São Paulo e foi sentido por alguns moradores de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba. Segundo os relatos, o susto foi maior em Rio Branco do Sul e Itaperuçu. Nas redes sociais, diversos moradores contaram que acabaram acordando com o tremor. Em setembro de 2017 a região foi atingida por dois tremores de fraca intensidade, um deles em Rio Branco do Sul e outro em São Jerônimo da Serra, a cerca de 320 km de Curitiba. Abradecemos à internauta Ariane Schiochet, que nos enviou o relato do evento.
WillZete comentou
Administrador, uma pergunta, vi que não houve registro no sismometro do painel, o tremor não teve força para ser captado ou o equipamento não é sensível o suficiente para registrá-lo?
Administrador comentou
Olá WilZete, tudo bem? De modo muito simplificado, a detecção não ocorreu devido à incompatibilidade do nosso sismômetro com o tipo de evento ocorrido. Nosso sismômetro é do tipo Lehman, de período longo, mais capacitado a detectar tremores distantes, caracterizados por ondas de período superior a 10 segundos. Nos eventos fracos e em curta distância, as ondas produzidas têm períodos que variam em cerca de dois segundos, que passam "batido" pelo sismômetro, que é quase surdo para ondas de curto período. Outra característica que impede algumas detecções é o alinhamento físico (X,Y,Z) do instrumento. No nosso caso o sensor está alinhado no sentido oeste-leste (eixo X), o que faz com que seja mais sensível às ondas de período longo que venham neste sentido (costa da américa do Sul, por exemplo). Naturalmente, tremores muito fortes vindos no sentido do eixo Y (Norte-sul) ou Z (verticais) também são detectadas, mas neste caso a detecção está mais associada à força do evento que à componente de deslocamento. Outro detalhe importante é o local de instalação do sismômetro. O ideal é que o instrumento seja instalado o mais profundo possível e em local mecanicamente silencioso. Como é um instrumento muito sensível, todas as ondas e vibrações são captadas, o que faz com que eventos de baixa magnitude sejam mascarados pelo ruido de fundo. No nosso caso o sismômetro não está nem profundamente instalado nem em local silencioso, o que contribui para que ondas sísmicas muito fracas sejam confundidas com ruído no sismograma. Por fim, a sensibilidade do instrumento não pode nem de longe ser comparada a um sismômetro profissional, haja vista que é um instrumento de construção caseira, sem codições de competir com instrumentos de três eixos e com eletrônica de última geração. Só para completar, sismos abaixo de 3.0 magnitudes têm sua magnitude quase que estimada (não medida) pelo sismologista. Eventos de 2.5 são muito fracos e podem ser causados até mesmo por explosões em pedreiras, o que torna os sismômetros quase todos surdos, a não ser que estejam instalados muito próximos aos eventos. Caso tenha interesse no instrumento e queira saber como foi construido, dê uma olhadinha neste artigo: [Ver no Apolo11] Abraço!
WillZete comentou
Administrador, obrigado pelas explicações, entendo todo o procedimento técnico, só não havia lido ainda o artigo citado, imagino o tamanho do ruído que deve haver na vila Mariana, com as linhas azul, verde e lilás passando pela região.



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