Domingo, 29 set 2024 - 17h10
Por Maria Clara Machado
Todas as previsões mais severas em relação à chegada do furacão Helene à costa da Flórida, nos Estados Unidos, se confirmaram e os danos foram catastróficos. As autoridades elevaram o número de vítimas fatais, que já passou de 60 em cinco estados norte-americanos afetados pelo fenômeno.
Cenário devastador em Chimney Rock, Carolina do Norte, após o impacto de Helene. Crédito: divulgação via Threads @joshbensontv/Tariq Scott Bokhari
Àqueles que não seguiram os alertas de evacuação das áreas costeiras ficaram em apuros e alto risco. As inundações foram violentas e arrastaram veículos e moradias, deixando um cenário de completa destruição com danos generalizados por onde o furacão passou.
Imagem de satélite mostra o furacão Helene ainda ganhando força sobre o Golfo do México no dia 25. Crédito: Earthobservatory/NASA O número de mortos chegou a 40 na Flórida na manhã do sábado e estava em 64 nos estados da Flórida, Geórgia, Virgínia, Carolina do Sul e Carolina do Norte neste domingo, de acordo com as últimas atualizações das autoridades. Além da subida perigosa das águas, a queda de árvores e tornados também fizeram vítimas. O trajeto de Helene deixou vários estados do leste dos Estados Unidos sem energia elétrica e cerca de 3 milhões de clientes ficaram sem luz durante o fim de semana, pelo PowerOutage.us. Flagrante de uma casa levada inteira pelas inundações em Asheville, na Carolina do Norte. Crédito: divulgação via Threads @joshbensontv
Quando a primeira perturbação surgiu nessa região, os especialistas já observaram que algo intenso poderia se desenvolver. Isto porque, já havia sinais preocupantes na temperatura do oceano entre o Mar do Caribe e o Golfo do México. Dados da temperatura da superfície do mar, juntamente a observações de satélite em meados de setembro, mostraram uma água do oceano muito mais quente do que o normal se estendendo para o norte do Mar do Caribe em direção a região do Panhandle da Flórida, no Golfo do México, sustentada por correntes específicas da região. Mapa mostra temperaturas da superfície do mar extremamente elevadas em 23 de setembro. Crédito: NASA Os especialistas chamaram a atenção para o cenário muito perigoso com alto estoque de energia para alimentar os furacões. Segundo dados da NOAA e da NASA, a temperatura das águas superficiais estavam acima de 27,8 °C em 23 de setembro na região e chegou a 31°C na maior parte do caminho por onde Helene passou sobre o Golfo do México. O furacão Helene, o mais severo em intensidade e danos desta temporada do Atlântico Norte até o momento, é a décima tempestade a ser nomeada e o quinto furacão a se formar. |
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