Segunda-feira, 13 abr 2020 - 09h48
Por Maria Clara Machado
Dados gerados por satélite da Agência Espacial norte-americana (NASA) revelam a queda acentuada nos níveis de poluentes no nordeste dos Estados Unidos, reflexo dos bloqueios generalizados e dos pedidos de isolamento por conta da pandemia do novo coronavírus. Essa constatação vem sendo observada por satélites em diversas partes do globo desde a disseminação da COVID-19.
Concentração média de dióxido de nitrogênio sobre o nordeste dos Estado Unidos em março de 2020. Crédito: NASA Assim como aconteceu na China, na Europa e em outras partes do globo terrestre, a queda na concentração de dióxido de nitrogênio é nítida. O NO2 é emitido principalmente pela queima de combustíveis fósseis e geração de eletricidade e sua alteração é um grande indicador das mudanças da atividade humana. As recentes medições de satélites da NASA constataram uma queda de Concentração média de dióxido de nitrogênio sobre o nordeste dos Estados Unidos em março de 2015. Crédito: NASA. Imagens baseadas em dados do satélite Aura da NASA revelam a concentração média de dióxido de nitrogênio em março de 2015 e numa comparação em março de 2020. É possível notar nas imagens acima que toda a área alaranjada, vermelha, roxa e preta sofreu grande alteração.
Ainda são necessárias análises mais aprofundadas para quantificar exatamente a queda nos níveis de NO2 versus as mudanças da atividade humana e as variações naturais do clima. Os pesquisadores ressaltam que os satélites medem o dióxido de nitrogênio através das nuvens, portanto os dados são de dias de pouca nebulosidade. Ao serem processados e analisados cuidadosamente, os níveis de dióxido de nitrogênio observados do espaço servem como um indicativo eficaz dos níveis de dióxido de nitrogênio na superfície da Terra. |
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