Sexta-feira, 19 jul 2024 - 09h16
Por Maria Clara Machado
Um intenso abalo sísmico de 7.4 magnitudes foi registrado a cerca de 45 quilômetros a leste-sudeste de San Pedro do Atacama, no norte do Chile, na noite da quinta-feira, dia 18, validado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O terremoto teve profundidade de 117 quilômetros e ondas sísmicas conseguiram ser sentidas a 3 mil quilômetros de distância do epicentro por moradores das cidades de São Paulo e de Uberlândia.
Mapa motra localização do terremoto de 7.4 magnitudes registrado no Chile dia 18 de julho. Crédito: Painel Global/GoogleMaps A Defesa Civil confirmou que os tremores leves sentidos no final da noite de ontem em vários bairros da região metropolitana de São Paulo, no interior paulista e em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tiveram relação com o forte sismo do Chile detectado às 1:50 UTC pelo USGS. “Era perto das 23 horas quando senti uma forte vertigem e vi roupas balançarem no cabide e um quadro no meu quarto vibrando. Na hora pensei que estava acontecendo alguma coisa no prédio e fiquei assustada até entender que era efeito de um terremoto”, relatou uma moradora da Vila Mariana. Muitos relatos especialmente de moradores de prédios da capital paulista foram de sensação de tontura, lustres balançando e portas tremendo, como no Cambuci, Tatuapé e Lapa, por exemplo. Já em Uberlândia pelo menos três bairros relataram o abalo: Segismundo Pereira, Santa Mônica e Tibery. Segundo o Corpo de Bombeiros, moradores assustados chegaram ir para as ruas.
Também por se tratar de um evento muito profundo, as estruturas no Chile foram poupadas. Autoridades chilenas não relataram grandes danos ou feridos em razão do evento e descartaram o risco de tsunami logo após o abalo. Há informações locais de pedras que caíram e bloquearam uma rodovia entre Calama e Tocopilla, a leste do epicentro, e algumas réplicas menores sentidas na sequência. O terremoto no Chile foi consequência de falhas tectônicas existentes naquela região da América do Sul, mais precisamente no interior da placa de Nazca, sob a tríplice fronteira Chile, Argentina e Bolívia. Mapa mostra propagação das ondas sísmicas ao redor do epicentro do terremoto no Chile dia 18 de julho. Crédito: USGS
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