Segunda-feira, 7 fev 2022 - 11h06
Por Maria Clara Machado
O ciclone tropical Batsirai chegou à Madagascar com ventos sustentados de 160 km/h e rajadas que superaram 230 km/h na noite do sábado, duas semanas depois da passagem do ciclone Ana, que já havia deixado dezenas de mortos e milhares de afetados. Batsirai varreu aldeias inteiras e as informações até o momento são de pelo menos dez vítimas fatais.
Aldeias ficaram completamente destruídas em Madagascar após a passagem do ciclone Batsirai no fim de semana. Crédito: Divulgação pelo twitter @WFP_Media Satélites capturaram imagens do poderoso ciclone que chegou a categoria 4 na escala de ventos Saffir-Simspon sobre o oceano Índico, ao leste da ilha africana de Madagascar. Imagem capturada pelo satélite TERRA, da NASA, mostra o ciclone Batsirai em 4 de fevereiro, um dia antes de tocar o solo de Madagascar. Crédito: NASA Imagem derivada de modelo meteorológico utilizando dados de satélite indica as regiões de atuação de Batsirai, com maior quantidade de vapor de água, onde a chuva pode ser excessiva, no dia 4 de fevereiro. Crédito: NASA
Os relatos da Agência de Gestão de Desastre do país são de aldeias completamente destruídas, dez mortos e quase 48 mil pessoas deslocadas para centros de evacuação, onde permanecem famílias vítimas do ciclone Ana, que impactou Madagascar no mês passado. Durante o fim de semana a imprensa local relatou falta de energia elétrica em Mananjary e telhados de escolas e igrejas, que serviriam de abrigo, destruídos pela força do vento. Em muitos outros locais, como na cidade de Nosy Varika, onde as construções são de madeira, a destruição foi quase completa. A situação foi dramática em Mahanoro, onde o mar subiu e provocou um desmoronamento que atingiu o cemitério da cidade. Destruição provocada por Batsirai no fim de semana. Equipes da Cruz Vermelha ajudam os desabrigados. Crédito: Cruz Vermelha/@IFRCÁfrica
Segundo o Joint Typhoon Warning Center (JTWC), Batsirai avança sobre o Canal de Moçambique nesta segunda-feira, dia 7, produzindo ventos máximos sustentados de 70 km/h. A tormenta se desloca rumo ao sul e, portanto, não deve tocar o solo da África continental desta vez, como ocorreu com o ciclone Ana. Trajeto estimado para o ciclone Batsirai nos próximos dias. A tormenta não deve tocar o solo da África continental. Crédito: JTWC A avaliação inicial é que os danos provocados pelo ciclone Batsirai em Madagascar poderão até superar o ciclone Ana, que também atingiu principalmente Moçambique e Malawi após sair da ilha africana. O Programa de Alimentos Mundial da ONU está distribuindo alimentos aos necessitados e destaca com preocupação, que os eventos extremos climáticos têm aumentado ainda mais a insegurança alimentar na região. |
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