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Sexta-feira, 29 abr 2022 - 09h42
Por Maria Clara Machado

Ciclone bomba engole Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich, mas não chegará ao Brasil

A formação de um ciclone bomba sobre o sul do Atlântico Sul está afetando as Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich, mais próximas ao continente antártico. O arquipélago é um santuário marinho e praticamente não tem moradores. Imagens de satélite dão a dimensão do fenômeno, que provoca ventos intensos de furacão de até 200 km/h.

Imagem de satélite do dia 28 mostra a extensa área de atuação do forte ciclone bomba sobre o Atlântico Sul. Crédito: Worldview/NASA
Imagem de satélite do dia 28 mostra a extensa área de atuação do forte ciclone bomba sobre o Atlântico Sul. Crédito: Worldview/NASA

O ciclone bomba se formou a partir de um centro de baixa pressão atmosférica ao leste da Argentina, que teve um aprofundamento e intensificação extremamente rápidos durante a quarta-feira, explica a METSUL.

O ciclone bomba seguiu rumo ao sudeste e ao leste do oceano Atlântico Sul, em direção às Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich à medida que se intensificou. A pressão atmosférica em seu centro chegou a apenas 930 hPa nesta quinta-feira, um valor que indica um ciclone bastante intenso e raro para os padrões da região, afirmam os meteorologistas.

Um ciclone bomba é determinado justamente pela queda acentuada da pressão em seu centro numa velocidade muito grande no período de 24 horas, sendo de pelo menos 24 hPa. Seus ventos adquirem a força de um furacão.

Imagens de satélite geradas pelo Worldview, da NASA, mostram o tamanho do ciclone bomba sobre o Atlântico Sul, com o centro do sistema afastado da costa do Brasil. No detalhe abaixo, as Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich, além de outras pequenas ilhas, totalmente cobertas pelas nuvens do ciclone.

Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich são engolidas pelo ciclone bomba que provoca ventos de até 200 km/h na região. O ciclone está afastado a quilômetros da costa da América do Sul. Crédito: Worldview/NASA
Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich são engolidas pelo ciclone bomba que provoca ventos de até 200 km/h na região. O ciclone está afastado a quilômetros da costa da América do Sul. Crédito: Worldview/NASA

A meteorologia afirma que o ciclone bomba não afetará diretamente a costa do Brasil. O ciclone continua com os efeitos sobre o mar e terá a tendência de enfraquecimento no oceano a milhares de quilômetros do continente.

Vendavais atingem Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul
Associada ao ciclone bomba no oceano, uma frente fria se desloca pelo Sul do Brasil e foi a responsável pelos vendavais na Argentina, no Uruguai e no Rio Grande do Sul nos últimos dois dias.

Equipes trabalham na remoção de uma árvore que caiu após ventos intensos em Porto Alegre na quinta-feira. Crédito: Divulgação twitter @EPTC POA
Equipes trabalham na remoção de uma árvore que caiu após ventos intensos em Porto Alegre na quinta-feira. Crédito: Divulgação twitter @EPTC_POA

A chegada de uma frente fria, que está associada ao ciclone bomba no oceano, provocou vendavais em Santa Catarina na quinta-feira. Crédito: Divulgação Defesa Civil de SC.
A chegada de uma frente fria, que está associada ao ciclone bomba no oceano, provocou vendavais em Santa Catarina na quinta-feira. Crédito: Divulgação Defesa Civil de SC.

O deslocamento da frente fria gerou ventos acima de 100 km/h e forte atividade elétrica entre a terça-feira e a quarta-feira, que fizeram estragos na Grande Buenos Aires, na Argentina, e em vários departamentos do interior do Uruguai. Foram inúmeras quedas de árvores, postes e destelhamentos com grandes prejuízos.

Ontem, a frente fria chegou ao Sul do Brasil provocando novos vendavais, queda de árvores e destelhamentos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.



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