Quarta-feira, 26 jan 2022 - 09h58
Por Maria Clara Machado
O ciclone tropical Ana deixou um rastro de destruição e já fez mais de 40 vítimas fatais após impactar a ilha de Madagascar, Moçambique e Malawi, no sudeste da África, nos últimos dias. O ciclone atravessou o Canal de Moçambique e provocou graves inundações. Há milhares em centros de evacuação e as equipes de resgate procuram por desaparecidos.
Província de Tete, em Moçambique, teve graves inundações com a passagem do ciclone tropical Ana. Crédito: Reprodução imagem divulgada pelo twitter @MHuriroOliver O balanço atualizado é de 34 mortos em Madagascar divulgado pela agência de gestão de catástrofes naturais. Moçambique e Malawi somam pelo menos nove vítimas fatais, mas este número pode aumentar porque ainda há dezenas de desaparecidos na região, segundo informaram as autoridades. A província de Tete, no centro de Moçambique, foi uma das áreas mais afetadas com as cheias do rio Rovubue, que inundou vários bairros e provocou a morte de sete pessoas. A situação é considerada dramática e mais de 200 famílias tinham sido removidas das áreas de risco no final desta terça-feira. Os ventos fortes e as chuvas intensas provocaram sérios danos ao continente quando o ciclone Ana, o primeiro da temporada de 2022, avançou por Moçambique na segunda-feira e na terça-feira depois de ter atravessado Madagascar um dia antes. A Cruz Vermelha estima que aproximadamente 16 mil pessoas foram afetadas diretamente no sul de Malawi e as operações de busca e resgate continuam. Vista aérea da capital de Madagascar, Antananarivo, fortemente impactada pelo ciclone tropical Ana. Crédito: Reprodução imagem divulgada pelo twitter @MhuriroOliver
Imagem de satélite mostra o ciclone tropical Ana tocando o solo de Moçambique no dia 24 de janeiro. Crédito: Worldview/NASA A situação ficou ainda mais crítica com um apagão que tomou conta de Malawi. A Companhia de Geração de Energia de Malawi teve sua usina afetada por inundações repentinas e precisou desligar algumas máquinas interrompendo os serviços e deixando parte do país sem energia elétrica. Os hospitais e os centros de saúde pequenos estão dependendo no momento de geradores e o cenário é preocupante em razão dos atendimentos adequados e do armazenamento de remédios que precisam ser mantidos em temperaturas específicas. A região entre Madagascar e Moçambique vem sendo continuamente atingida ciclones tropicais cada vez mais fortes, muito em razão das águas quentes do oceano, afirmam os especialistas de clima. |
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