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Sexta-feira, 13 dez 2024 - 17h02
Por Maria Clara Machado

Copernicus anuncia que 2024 está prestes a se tornar o ano mais quente já registrado

Dados de monitoramento do clima referentes a novembro foram atualizados pelo programa europeu Copernicus esta semana e confirmam o que os especialistas em mudanças climáticas alertavam: o ano de 2024 está prestes a se tornar o ano mais quente já registrado.

Evolução do aumento das temperaturas médias globais desde 1940. Crédito: @CopernicusECMWF
Evolução do aumento das temperaturas médias globais desde 1940. Crédito: @CopernicusECMWF

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O último boletim do Copernicus Climate Change Service (C3S) revelou que novembro de 2024 terminou como o segundo novembro mais quente no globo, desde que se tem as medições em 1940.

Novembro de 2024 ficou atrás apenas de novembro de 2023, com uma temperatura média global de 14,10°C, sendo 0,73°C acima da média de novembro no período de 1991-2020.

Outros dados também mostraram a tendência preocupante de aquecimento do planeta. As temperaturas globais durante o mês de novembro de 2024 ficaram 1,62°C acima dos níveis pré-industriais, reforçando a sequência de 16 meses dos últimos 17, em que o limite de 1,5°C foi ultrapassado.

A temperatura média global de setembro a novembro, durante o outono no Hemisfério Norte, também foi a segunda mais alta já registrada, ficando atrás apenas de 2023.

Os meses de novembro dos anos consecutivos 2023 e 2024 se destacaram em aumento de temperatura na comparação com qualquer outro mês de novembro.

Acordo de Paris ameaçado
Levando em conta os meses anteriores, o programa Copernicus já consegue concluir que é praticamente certo que 2024 vai bater um novo recorde de calor histórico do planeta. Além disso, com o agravante de ser o primeiro ano a exceder o limite de aumento da temperatura global 1,5°C acima da média pré-industrial, meta definida no Acordo de Paris em 2015, durante a conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.

2024 caminha para ser o ano mais quente desde o início dos registros do programa Copernicus. Crédito: @CopernicusECMWF
2024 caminha para ser o ano mais quente desde o início dos registros do programa Copernicus. Crédito: @CopernicusECMWF

Mês de anomalias globais
O Serviço Copernicus também observou que a Europa Ocidental e Central vivenciou um mês de novembro com precipitações abaixo da média, em contraste com Mediterrâneo espanhol, que seguiu debaixo de episódios de chuva extrema, após as inundações severas, que já tinham ocorrido em outubro.

Partes da Islândia, do Reino Unido, da Grécia e do sudeste da Europa, além da Europa Oriental, também registraram chuvas acima do normal.

Foi um novembro de vários tufões no Pacífico asiático, resultando em chuvas catastróficas e inundações, especialmente nas Filipinas. Os Estados Unidos, parte da América do Sul e a Austrália também tiveram um novembro mais úmido do que a média.
Em contraste, várias regiões da América do Sul ficaram secas.

Recordes também na extensão do gelo marinho
Novembro de 2024 viu o gelo marinho da Antártida atingir uma baixa recorde para este período, com 10% abaixo da média, enquanto o gelo marinho do Ártico estava 9% menor.

Dados gerados pelo Copernicus mostraram que o gelo marinho da Antártida atingiu sua menor extensão mensal em novembro, ficando 10% abaixo da média e ligeiramente abaixo dos níveis de 2016 e 2023.

Já a cobertura do gelo marinho do Ártico teve sua terceira menor extensão em novembro de 2024, 9% abaixo da média.

Mapa destaca anomalias e extremos da temperatura da superfície do mar em novembro de 2024. crédito: @CopernicusECMWF
Mapa destaca anomalias e extremos da temperatura da superfície do mar em novembro de 2024. crédito: @CopernicusECMWF

Com relação às águas dos oceanos, novembro de 2024 registrou uma temperatura média da superfície do mar de 20,58°C, ficando 0,46°C acima da média. O valor é a segunda temperatura mais alta já registrada nos meses de novembro, somente 0,13°C abaixo da temperatura de novembro de 2023.

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