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Terça-feira, 2 jul 2024 - 16h04
Por Maria Clara Machado

Furacão Beryl rumo à Jamaica com categoria 5, após impactar ilhas menores do Caribe

O monstruoso furacão Beryl segue sua trajetória em direção à Jamaica, após ter deixado um imenso rastro de destruição ao passar por ilhas menores no sudeste do Caribe nas últimas 24 horas. Beryl deve permanecer ativo como furacão até o final da semana.

Olho do furacão Beryl é capturado pelo satélite Sentinel-2 perto de Granada em primeiro de julho. Crédito: Programa Copernicus
Olho do furacão Beryl é capturado pelo satélite Sentinel-2 perto de Granada em primeiro de julho. Crédito: Programa Copernicus

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Depois de deixar as ilhas, Beryl se fortaleceu ainda mais sobre as águas quentes do mar do Caribe e evoluiu para a categoria 5, a mais alta da escala, algo jamais visto num início de temporada na região. Os ventos sustentados estão em 260 km/h na tarde desta terça-feira, dia 2.

Granada e São Vicente e Granadinas duramente impactadas
Beryl já passou extremamente perigoso com categoria 4 por pequenas ilhas como Santa Lúcia, Granada, São Vicente e Granadinas e Barbados, deixando pelo menos quatro vítimas fatais e provocando devastação total.

As autoridades relataram que centenas de edifícios, casas, escolas e hospitais foram gravemente danificados ou completamente destruídos.

Os ventos catastróficos também causaram apagões e afetaram as redes de comunicações e transporte. Plantações de bananeiras e animais no pasto não resistiram à força do furacão.

“A situação é sombria”, afirmou o primeiro-ministro Dickon Mitchell de São Vicente e Granadinas nesta terça-feira.

Beryl é monstruoso e inédito
De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, “Beryl continua sendo um impressionante furacão de categoria 5” e agora se dirige para a Jamaica.

Segundo boletim emitido pelo NHC nesta tarde, Beryl está passando ao sul da República Dominicana com ventos máximos sustentados de 250 km/h e rajadas mais altas, e se encontra a 780 quilômetros ao leste-sudeste de Kingston, na Jamaica.

O alerta de furacão está em vigor para a Jamaica, as Ilhas Cayman, além da costa sul do Haiti até a fronteira com a República Dominicana.

Ilha de Santa Lúcia, uma das atingidas pelo furacão Beryl. Crédito: divulgação via X @SamRyanWX/Eddie Charles
Ilha de Santa Lúcia, uma das atingidas pelo furacão Beryl. Crédito: divulgação via X @SamRyanWX/Eddie Charles

Inundações atingem Porto Rico, país vizinho à República Dominicana. Crédito: divulgação via X @adamonzon/Kevin Martínez
Inundações atingem Porto Rico, país vizinho à República Dominicana. Crédito: divulgação via X @adamonzon/Kevin Martínez

A previsão indica que o grande furacão Beryl continue se movendo rapidamente sobre o mar do Caribe central entre hoje e amanhã, alcançando a Jamaica na quarta-feira e as Ilhas Cayman na quinta-feira, dias 4 e 5.

Beryl deve enfraquecer um pouco, após atravessar as duas regiões, mas vai continuar ativo como furacão até a sexta-feira, quando chegará a Península de Yucatán, no México.

Trajeto estimado para o furacão Beryl nos próximos dias. Crédito: NHC
Trajeto estimado para o furacão Beryl nos próximos dias. Crédito: NHC

As chuvas torrenciais estão estimadas entre 100 mm a 300 mm em todo o sudoeste da Jamaica. Os surtos de tempestade poderão elevar as águas até 2,4 metros acima do nível normal do mar ao longo da costa da Jamaica e até 1,2 metros na costa das Ilhas Cayman.

O Haiti e a República Dominicana, que estão na borda do furacão, também vão receber chuvas fortes, com volumes entre 100 mm a 200 mm, diz o aviso do NHC.

Imagem de satélite mostra a borda do furacão sobre a República Dominicana e Porto Rico dia 2 de julho. Crédito: GOES-East/NOAA
Imagem de satélite mostra a borda do furacão sobre a República Dominicana e Porto Rico dia 2 de julho. Crédito: GOES-East/NOAA

Esta é a primeira vez na história que um furacão evolui tão rapidamente para a categoria 5 no mar do Caribe no começo de julho. O pico da temporada costuma ocorrer em setembro.

O aumento da temperatura média dos oceanos, que vem batendo recordes consecutivos há 14 meses, é apontado pelos cientistas como um dos principais fatores na intensificação dos fenômenos. Em particular, o Atlântico Norte continua com a temperatura da superfície do mar mais alta do que o normal.

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