Furacão Melissa atinge Cuba com categoria 3, após arrasar a Jamaica

O furacão Melissa chegou a Cuba, após atravessar a ilha da Jamaica, no Caribe, de maneira arrasadora com ventos de quase 300 km/h. O grande furacão, o mais intenso da temporada de 2025, continuou perigoso na madrugada e tocou o solo cubano na categoria 3 de ventos, na escala Saffir-Simpson.

Montego Bay, Jamaica, atingida pelo furacão Melissa no dia 28. Crédito: reprodução via X @Tornadair/@samdienst

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Cuba pode ter até 400 mm de chuva
O furacão Melissa atingiu o leste de Cuba, às 3h10 da madrugada (horário de Brasília) desta quarta-feira, dia 29, com ventos sustentados de 193 km/h, de acordo com as informações do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

Melissa leva ventos destrutivos, chuvas torrenciais e marés de tempestade para Cuba durante todo o dia. O furacão se move sobre o leste da Ilha e estava com ventos de 185 km/h na manhã desta quarta-feira, sendo ainda classificado como um grande furacão (Major Hurricane) de categoria 3.

Imagem de satélite mostra o olho do furacão Melissa tocando o solo de Cuba no dia 29. Crédito: NOAA/Goes-19

As informações da imprensa internacional são de inundações em Santiago de Cuba nesta manhã. 750 mil pessoas foram deslocadas para abrigos.

Um alerta de furacão continua em vigor para pelo menos cinco províncias cubanas, o sudeste e o centro das Bahamas, com os maiores volumes de chuva estimados entre 200 mm a 400 mm para Cuba.

Mesmo com o deslocamento de Melissa, os avisos de tempestade continuam em vigor para a Jamaica, Haiti e as ilhas Turcas e Caicos.

Melissa segue como furacão até sexta-feira
Segundo as projeções do NHC, Melissa deve cruzar o leste de Cuba durante o período da manhã e alcançar a região das Bahamas ainda hoje, seguindo depois para às Bermudas, no Atlântico Norte, onde deve atuar entre o final da quinta-feira e a sexta-feira, dias 30 e 31, ainda como furacão.

Trajeto estimado para Melissa nos próximos dias. Crédito: NHC

Jamaica em calamidade pública
O grande furacão Melissa atingiu a Jamaica com ventos catastróficos de 295 km/h, na categoria 5, superando em intensidade do furacão Gilbert, que entrou na Ilha com categoria 4 e ventos de 219 km/h, em 1988.

Montego Bay, Jamaica. Crédito: reprodução via X @Tornadair/@samdienst

Montego Bay, Jamaica. Crédito: reprodução via X @Tornadair/@samdienst

Além disso, Melissa atingiu pressão central de 892 milibares, situação rara mesmo para uma grande tormenta, o que classifica o furacão como uma das três tempestades mais intensas já registradas no Atlântico desde o início das medições.

Como comparação, furacões com pressão abaixo de 900 mb são extraordinários e apenas três sistemas atingiram este valor na história. Gilbert atingiu pressão central de 888 mb, enquanto Wilma 882 mb em 2005, segundo levantamento divulgado pela MetSul.

Cerca de 800 abrigos, incluindo escolas e centros comunitários, receberam a população evacuada e as autoridades da Jamaica começam a avaliar os estragos causados pela passagem devastadora de Melissa a partir de hoje. O governo decretou estado de desastre e calamidade.

**ATUALIZAÇÃO: O balanço mais recente divulgado na quarta-feira são de pelo menos 45 mortes, incluindo 40 no Haiti pelo transbordamento do rio Dingue, quatro na Jamaica e um na Reública Dominicana.

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