Quarta-feira, 7 abr 2021 - 15h09
Por Maria Clara Machado
Gafanhotos estão de volta e podem se agrupar em lavouras da Argentina
Focos de gafanhotos da espécie Schistocerca cancellata foram confirmados em lavouras de algodão e soja na província de Chaco, no norte da Argentina. O retorno dos insetos traz o temor da praga se alastrar novamente como aconteceu em meados de 2020.
![]() Gafanhotos da espécie Schistocerca cancellata foram detectados recentemente em lavouras da província de Chaco, no norte da Argentina. Crédito: Senasa.
Entre junho e julho do ano passado, os gafanhotos na fase adulta saíram de controle e uma gigantesca nuvem com milhões de insetos migrou de Assunção, no Paraguai, para a província de Corrientes, na Argentina, destruindo lavouras inteiras de milho, mandioca e girassol. A grande nuvem de gafanhotos passou vários dias estacionada na Argentina, assustando produtores da fronteira com o Brasil tamanha a proximidade. Com a ajuda dos ventos, os milhares de gafanhotos podem percorrer até 150 quilômetros num único dia. Sabe-se que os gafanhotos não trazem riscos diretos aos seres humanos, mas têm a capacidade de destruir rapidamente grandes plantações. ![]() Os insetos em estágios avançados juvenil e adulto foram confirmados em lavouras de algodão, soja e sorgo. Crédito: Divulgação Senasa. O Senasa declarou ter encontrado presença significativa dos gafanhotos se alimentando em lavouras de algodão nas colônias Pampa Alegría e La Chiquita. Em outras regiões próximas, também foi observada a presença dos insetos nas culturas de algodão, soja e em menor escala, no sorgo. “Pudemos observar que a praga foi encontrada em estágios avançados de ninfa e adulto, com tendência a rebanho, ou seja, a se agrupar”, afirmou em nota Julio González, técnico do Centro Regional Chaco-Formosa do Senasa. Atualmente, os gafanhotos estão em localidades a menos de 600 quilômetros de São Borja, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Em 2020, pesquisadores explicaram que a presença descontrolada da praga pode ter sido resultado do clima muito quente e seco observado, além da falta de predadores naturais. |
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