Imagem de satélite revela como hoje o Brasil continua com muita fumaça

Imagens de satélite capturadas pela NOAA mostram que muitas áreas no interior do Brasil e da Amazônia permanecem com fumaça no céu provocada pelos milhares de focos de incêndios nesta sexta-feira, dia 20. Nas últimas 48 horas, satélites registraram mais de 4 mil focos de incêndios no país, pelo monitoramento do INPE. Os incêndios da Chapada dos Veadeiros e da Ilha do Bananal continuam em destaque.

Imagem de satélite capturada em 20 de setembro às 12:40UTC revela muita fumaça ainda sobre o BR. Crédito: NOAA/Apolo11

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Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros voltou a queimar
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros voltou a queimar num segundo incêndio no intervalo de apenas quinze dias em uma área de difícil acesso.

Imagem aérea de novo incêndio na Chapada dos Veadeiros esta semana. Crédito: ICMBio

O foco de incêndio teve início próximo a uma montanha dentro da reserva e se expandiu para a região da Cachoeira Simão Correia, em Alto Paraíso de Goiás, uma área que ainda não havia sido atingida pelo fogo. Há suspeita de que o incêndio tenha origem criminosa e está sendo investigado pela polícia.

O primeiro grande incêndio se expandiu a partir de 5 de setembro e demorou para ser contido na Chapada dos Veadeiros. No balanço final, 9 mil hectares de vegetação, o equivalente a 9 mil campos de futebol, foram queimados.

Brigadistas do ICMBio e do IBAMA trabalharam no combate ao fogo neste segundo foco dentro do Parque por quatro dias e conseguiram conter o incêndio no final da quinta-feira, dia 19, embora ainda existam alguns trabalhos de checagem de possíveis novos focos.

Chapada dos Veadeiros, em Goiás, teve dois grandes incêndios em 15 dias. Crédito: ICMBio

Mais de um quarto da Ilha do Bananal já foi queimado
A situação é ainda mais grave na Ilha do Bananal, no oeste do Tocantins, na Região Norte do Brasil. Incêndios de grandes proporções ainda não conseguiram ser contidos e já avançaram assustadoramente por 720 mil hectares de vegetação, de uma extensa área de 2 milhões de hectares.

O fogo avança pela mata e já está muito perto de aldeias indígenas, como a Comunidade do povo Karajá, onde casas estão ameaçadas.

Fogo avança pela Ilha do Bananal, no Tocantins. Crédito: ICMBio

O Exército, o ICMBio e o IBAMA integram uma força-tarefa para combater os focos, que também estão em áreas de difícil acesso na Ilha do Bananal, e por isso são necessárias aeronaves para combater as chamas. Os brigadistas trabalham principalmente por terra e agora tentam separar o fogo que está ativo na porção norte de outros focos na porção sul da ilha.

A Ilha do Bananal tem grande importância, pois liga vários biomas. Uma fauna compartilhada com a Amazônia e a Mata Atlântica e o Cerrado.

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