Quarta-feira, 21 ago 2024 - 10h26
Por Maria Clara Machado
Uma sequência de imagens capturadas por satélites da NASA e disponíveis no Worldview revela um extenso corredor de fumaça entre a Amazônia e o Sul do Brasil. O céu esbranquiçado pela densa fumaça deixa em alerta dez estados do Brasil, além do Peru, da Bolívia, do Paraguai, norte da Argentina e do Uruguai.
Cuiabá (MT) tomada por fumaça em 8 de agosto. Crédito: reprodução redes sociais
De primeiro de janeiro a 20 de agosto de 2024, a Amazônia registrou mais de Somado aos focos da Amazônia, o grande aumento de queimadas observado no Pantanal e na Bolívia, agrava a questão da fumaça. Dados do INPE mostram um O Pantanal já acumulou mais de 7800 focos de calor este ano e a Bolívia quase 30 mil pontos. Apesar do alto número de queimadas na Amazônia, o bioma teve uma redução recorde no desmatamento em um ano, entre agosto de 2023 e julho de 2024. Os especialistas explicam que os dados contraditórios ocorrem porque áreas que queimavam no passado continuam queimando, a maioria usada para pastagens, além de novas invasões e o monitoramento nas áreas já destruídas precisa ser redobrado e constante.
Imagem de satélite mostra um grande corredor de fumaça do Amazonas ao Rio Grande do Sul em 18 de agosto. Crédito: Worldview/NASA Fumaça e focos de calor são capturados por satélites em 20 de agosto. Crédito: Worldview/NASA O ar continua seco, o calor intenso no interior do Brasil e a qualidade do ar bastante prejudicada. Já é rotina diversas cidades amanhecerem cobertas pela cortina de fumaça, céu cinza e esbranquiçado, como há dias vem acontecendo, por exemplo, na capital Cuiabá. Em outras localidades, como no Sul, os últimos dias têm sido de pôr do sol avermelhado. Apesar de espetacular, a paisagem revela alta concentração de poluição, boa parte pela chegada da fumaça. Pôr do sol registrado em Santa Catarina dia 17 de agosto. Crédito: Defesa Civil de SC
Um El Niño forte entre 2023 e o começo de 2024 contribuiu para o quadro de déficit de chuva e de altas temperaturas em muitas áreas do Brasil. Meteorologistas explicam que assim como os “rios voadores” que transportam a umidade da Amazônia para o interior do Brasil, as correntes de vento que normalmente entram pelo Nordeste, passam pela Amazônia e seguem o fluxo para o Sul, estão agora carregadas de fumaça. Os ventos que seguem outros fluxos naturais no restante do país também estão ajudando a levar a fumaça. |
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