Segunda-feira, 24 jun 2024 - 11h34
Por Maria Clara Machado
Os bombeiros seguem no trabalho árduo de combate ao fogo no Pantanal, que já registra o maior de focos de incêndios nos primeiros seis meses de 2024, superando o mesmo período de 2020, ano recorde de queimadas na região, quando um quarto do bioma foi destruído. O Pantanal está agora entrando no período seco regular e os especialistas alertam para as perspectivas críticas.
Número de incêndios até agora no Pantanal já superou o mesmo período de 2020, recorde anterior. Crédito: CBMMS O Programa de monitoramento de BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) contabilizou A área queimada já atingiu mais de Do total contabilizados pelos satélites de monitoramento ambiental, 2363 focos ocorreram apenas neste mês de junho. Mais de 400 focos de incêndios estão ardendo no bioma nas últimas 48 horas e o governo de Mato Grosso do Sul entrou com o pedido de decreto de situação de emergência por causa dos incêndios no Pantanal nesta segunda-feira, dia 24. Os bombeiros de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, uma das áreas mais afetadas, relatam que enfrentam diversos focos fora de controle há três semanas. Muitas vezes são necessárias de uma a três horas de embarcação pelo rio para se chegar às áreas dos focos principais. O vento é um fator que dificulta os trabalhos de combate aos incêndios, pois ele espalha a fumaça e o fogo. Até a noite os trabalhos continuam e apesar da restrição de luminosidade, os bombeiros têm à favor o aumento da umidade e as temperaturas mais baixas. Esta semana o governo federal enviou ajuda e sete aeronaves, ao lado de helicópteros, atuaram na região, coletando água dos rios e despejando sobre as áreas dos incêndios. Novos soldados particpam de treinamento de combate ao fogo no Pantanal. Crédito: divulgação CBMMS Treinamento de combate ao fogo sendo realizado em 14 de junho no Pantanal. Crédito: divulgação CBMMS
Parte da região já está mais seca e quente, caracterizada pelo clima “subúmido seco”, algo que antes só era observado em regiões do Nordeste e do norte de Minas Gerais. Pesquisadores do CEMADEN demonstram que as condições de seca excepcional, a mais grave da escala, e enfrentada pelo bioma, está mais distribuída atualmente por Mato Grosso e por Mato Grosso do Sul, do que estava há três anos.
Já são quatros anos de chuvas abaixo da média histórica e a tendência de tempo seco deve continuar, pois o Pantanal está iniciando o seu período regular de seca que se estende pelo inverno. |
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