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Quinta-feira, 15 out 2020 - 10h13
Por Maria Clara Machado

Lago na cratera do Kilauea continua subindo e pode indicar fase explosiva

Os geólogos e pesquisadores continuam observando atentamente o nível da água do lago aquecido no interior da cratera do vulcão Kilauea, localizado no Havaí e um dos mais ativos do mundo. Há cerca de um ano e meio, a água começou a se acumular na parte mais baixa da cratera e desde então seu nível não parou de subir.

No dia sete de agosto de 2020, uma névoa branda se formou pela caldeira e resultou num grande arco-íris que emoldurou a cratera e o lago no vulcão Kilauea. Crédito: Imagem obtida pela webcam do Observatório do Vulcão do Havaí/USGS. <BR>
No dia sete de agosto de 2020, uma névoa branda se formou pela caldeira e resultou num grande arco-íris que emoldurou a cratera e o lago no vulcão Kilauea. Crédito: Imagem obtida pela webcam do Observatório do Vulcão do Havaí/USGS.

Uma marcante erupção do Kilauea fez surgir um enorme buraco na cratera Halemaumau em 2018. Através de imagens de satélites, foi possível observar pela primeira vez a água surgindo na cratera em maio de 2019. Um ano depois, o lago estava com 30 metros de profundidade, ocupando aproximadamente uma área equivalente a cinco campos de futebol.

Medições do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) utilizando um telêmetro laser indicam agora que o nível da água chega a 40 metros.

Fotos de satélite da Nasa revelam aparecimento do novo lago de água na cratera Halemaumau do vulcão Kilauea. O tamanho chegava a cinco campos de futebol em maio de 2020. Crédito: Earth Observatory Nasa.
Fotos de satélite da Nasa revelam aparecimento do novo lago de água na cratera Halemaumau do vulcão Kilauea. O tamanho chegava a cinco campos de futebol em maio de 2020. Crédito: Earth Observatory Nasa.

Observação cuidadosa
O vulcão Kilauea já passou por muitos períodos de atividades violentas e a presença de água no magma é justamente um fator chave que contribui para erupções explosivas, afirmam os cientistas do USGS. O monitoramento do Kilauea vem sendo feito cuidadosamente na busca de sinais que possam indicar que uma fase mais explosiva e perigosa está por vir.

Uma imagem de satélite capturada em julho deste ano revelou o brilho do sol sobre a água turva do lago do Kilauea. A água nova aparece no canto direito variando do verde ao laranja ferrugem. Crédito: M.Patrick/USGS/NASA.
Uma imagem de satélite capturada em julho deste ano revelou o brilho do sol sobre a água turva do lago do Kilauea. A água nova aparece no canto direito variando do verde ao laranja ferrugem. Crédito: M.Patrick/USGS/NASA.

Os satélites Landsat, da NASA, coletam com frequência, imagens multiespectrais e em cores naturais do lago, que dão detalhes do que está acontecendo. Outros satélites são capazes de fornecer dados sobre a deformação do solo da cratera e do vulcão.

No mês passado, esse monitoramento incluiu o envio de drones até o fundo da cratera para se ter uma visão mais detalhada do lago em expansão. Helicópteros também fazem voos regulares sobre o lago e obtêm informações como o movimento do solo, as emissões dos gases, temperatura do lago, entre outras.

O monitoramento de um lago vulcânico inicial é raro e esta é uma ótima oportunidade de melhorar a compreensão dos cientistas a respeito de como estes lagos evoluem e interagem com as camadas do vulcão, explica um grupo de geólogos do USGS.

É fato que os pesquisadores acompanharão de perto os movimentos do Kilauea e seu novo lago.

Estamos diante de uma futura erupção perigosa?

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