Mais de 100 milhões estão sob alerta de calor extremo nos EUA neste início de verão

O início do verão de 2024 no Hemisfério Norte, já dá sinais do que a população dos Estados Unidos vai precisar enfrentar. Uma onda de calor perigosa e de longa duração, que começou domingo, deve continuar afetando grande parte da região central e leste dos Estados Unidos.

Mapa indica a grande área dos EUA afetada pelas altas temperaturas dia 21 de junho. Crédito: Modelo GFS/WINDY

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As temperaturas subiram em mais áreas no decorrer da semana e passaram de 100 milhões de pessoas, ou cerca de 30% da população, que estão sob alerta de calor extremo, segundo informações do heat.gov.

As temperaturas poderão atingir máximas de 37°C a 43°C em locais do centro, sul, leste e nordeste dos Estados Unidos. O que chama a atenção é que uma onda de calor neste nível em geral não acontece no mês de junho no país.

Mapa mostra quais áreas estão em maior risco na atual onda de calor nos EUA. Crédito: Heat.gov

Moradores de NY poderão receber aparelhos de ar-condicionado
Nova York já registrou 34°C esta semana e houve uma disparada no número de atendimentos em pronto-socorro desde o começo da semana.

O risco à saúde é tão alto que o governo decidiu dar aparelhos de ar condicionado a uma parcela dos moradores. Através do Programa de Assistência Energética Doméstica (HEAP) de Nova York, famílias poderão ser elegíveis para receberem o ar condicionado portátil ou para janela, ou ainda, ventiladores, anunciaram as autoridades esta semana.

Mudanças Climáticas estão aumentando 35 vezes a chance de ondas de calor nos EUA e no México
Um estudo acadêmico feito pelo World Weather Attribution (WWA), que pesquisa o impacto das mudanças climáticas, analisou as temperaturas altas entre maio e o começo de junho, quando uma onda de calor atingiu o sudoeste dos Estados Unidos.

Foram observadas as temperaturas dos dias e noites numa grande área abrangendo o sudoeste dos Estados Unidos, o México, Guatemala, Belize, El Salvador e Honduras.

Segundo os cientistas, os cinco dias consecutivos de forte calor em junho ficaram 1,4 graus mais quentes em razão do aquecimento global.

Em novo relatório publicado na quinta-feira, dia 20, os pesquisadores disseram que as mudanças climáticas provocadas pela humanidade já aumentaram em 35 vezes a chance de ondas de calor sobre os Estados Unidos, o México e a América Central.

Além disso, episódios de temperaturas extremas semelhantes ao que está ocorrendo agora nos Estados Unidos, tornaram-se 4 vezes mais prováveis desde o ano 2000, segundo a nova pesquisa da WWA.

Gráfico mostra como o período de maio e junho foi ficando mais quente ao longo dos anos. Crédito: WWA

Em março de 2024, uma onda de calor fatal provocou a morte de 61 pessoas no México. Até o momento, são 155 mortes associadas às altas temperaturas, sendo 30 vítimas confirmadas somente na semana passada, de acordo com os dados do governo.

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