Quinta-feira, 6 mai 2021 - 16h38
Por Maria Clara Machado
O México está vivenciando umas das secas mais intensas e generalizadas não observada em décadas. Autoridades da Cidade do México consideram a pior escassez de água em 30 anos. Os recursos hídricos estão preocupantes para consumo da população e o uso na agricultura e na irrigação. Até um templo histórico está mais visível na represa de La Purísima, em Zangarro.
O templo da Virgem das Dores, em Zangarro, ressurgiu na represa de La Purísima por conta do baixo nível das águas. Crédito: Foto divulgada pelo twitter. Grandes reservatórios estão com os níveis de água extremamente baixos e as condições de seca afetam pelo menos 85% do território mexicano. São cerca de 60 reservatórios, especialmente do norte e do centro do México, que estão com os níveis abaixo de 25% da capacidade. Com a redução do fluxo de água, as torneiras já começam a secar em algumas áreas. Um mapa baseado em dados de satélite e divulgado pela NOAA/NASA evidencia as áreas em que o estresse hídrico está maior, no período entre fevereiro e 30 de abril. As manchas verdes indicam valores negativos, ou seja, taxas de evaporação da superfície da terra e das plantas muito abaixo do normal devido a pouca umidade. Mapa indica o estresse hídrico que se agrava em muitas áreas do México. A seca já atinge 85% do país. Crédito: NOAA/NASA
Os meses mais secos no México, que se estendem de outubro a abril, tiveram 20% menos chuva do que o normal, afirmou a meteorologia. Além disso, as temperaturas foram extremas e ficaram acima de 35°C em áreas do leste, oeste e sudeste do México. Outro agravante apontado pelos especialistas foi a La Niña, que acabou trazendo pouca chuva também nos meses mais úmidos em 2020, pois as águas do Pacífico leste estavam mais frias. O resultado é que o México está caminhando para uma das piores secas generalizadas já registradas no país. O México enfrentou condições extremas em 2011 com a seca atingindo 95% do território. Em 1996, outra seca histórica gerou enormes perdas na agricultura. Espera-se que com a diminuição da La Niña e o aquecimento das águas do Pacífico, a chuva tão esperada possa retornar. É preciso que a chuva chegue para todas as áreas de forma mais uniforme.
A Igreja abandonada, datada de meados do século XIX e conservando o estilo neoclássico e barroco, tem uma parte visível que até hoje atrai visitantes, mas com a forte seca e o baixo nível das águas é possível ver e caminhar em outras partes da construção que normalmente estariam submersas. O reservatório de La Purísima está atualmente com metade da sua capacidade, segundo dados de monitoramento das represas do México. |
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