Terça-feira, 1 jun 2021 - 16h05
Por Maria Clara Machado
Quase dez dias após a forte erupção do vulcão Nyiragongo, no leste da República Democrática do Congo, na África, a situação ainda é tensa em razão dos tremores de terra e da deformação no solo que continuam acontecendo na região, embora com menor frequência. No total, são 20 especialistas no momento para monitorar a situação da região.
Situação ainda é preocupante em Goma onde milhares de famílias necessitam de ajuda humanitária depois da erupção do vulcão Nyiragongo em 22 de maio. Crédito: Imagem divulgada pelo twitter oficial Médicos Sem Fronteiras @MSF_Portugal
Cientistas do INGV da Itália chegaram ao Observatório do Vulcão Goma para ajudar no monitoramento ao redor da cidade de Goma e o Lago Kivu. O Africa Museum e mais instituições também colabora com o Observatório do Vulcão Goma e divulgam relatórios diários. Apesar de uma tendência geral de diminuição dos terremotos, os sismos continuam na área do Monte Nyiragongo. Ontem, mais 71 terremotos foram registrados e há evidências de deformação do solo na área de Goma e do Lago Kivu, por isso ainda é cedo para encerrar o estado de alerta avaliam os especialistas. O último relatório, do dia 31 de maio, afirma que as atuais atividades sísmicas e a deformação do solo indicam a presença de magma sob a área urbana de Goma e o Lago Kivu, embora a energia liberada seja realmente menor. A impossibilidade de instalação de estações sísmicas no lago ou GPS torna difícil detectar com precisão qualquer ressurgência de magma sob o lago. Em meio ao temor de uma nova erupção, os moradores de Goma ainda enfrentam saques e furtos. As casas abandonadas durante a evacuação estão sendo invadidas por bandidos que estão roubando pertences e eletrodomésticos.
Equipes da Cruz Vermelha ajudam às famílias de Goma atingidas pela erupção do Nyiragongo. Crédito: Imagem divulgada pelo twitter oficial @IFRCAfrica A Cruz Vermelha na África divulgou novas informações sobre a situação das crianças desaparecidas durante a evacuação desesperada de milhares de famílias que saíram de Goma em direção a Ruanda na noite do dia 22 de maio, quando o Nyiragongo despejava os fluxos de lava incandescente. Segundo a Cruz Vermelha, 64 crianças estão de volta às suas famílias, mas ainda há muitas desaparecidas e algumas desacompanhadas recebendo comida e abrigo. Equipes da Cruz Vermelha trabalham no levantamento de danos em Ruanda causados por terremotos após a erupção do Nyiragongo há quase dez dias. Crédito: Imagem divulgada pelo twitter oficial @Rwandaredcross Especificamente em Ruanda, as equipes da Cruz Vermelha estão atuando no levantamento de danos causados com os terremotos que ocorreram na sequência da erupção do Nyiragongo. |
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