Sábado, 23 abr 2022 - 08h43
Por Maria Clara Machado
O calor da primavera derrete naturalmente a neve nas estepes, vegetação típica no leste da Mongólia, formada por gramíneas e pasto que cobrem extensas áreas. A neve some e aparecem então os restos de pastagens anteriores, que estão secas e marrons. Assim, a condição de tempo seco aliado aos ventos proporciona um cenário propício para que os incêndios aconteçam.
Incêndio florestal no leste da Mongólia produziu pirocúmulos captados em imagens de satélite esta semana. Crédito: NASA Foi uma situação como esta que o satélite Landsat8, da NASA, capturou sobre a província de Dornod, no extremo leste da Mongólia, na divisa da China com a Rússia na última terça-feira, dia 19. A imagem de satélite revelou um grande incêndio com nuvens densas e muita fumaça. Entre a noite do dia 18 e o dia 19, o incêndio havia se espalhado por cerca de 90 quilômetros impulsionado por ventos fortes observados na região, de acordo com meteorologistas da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), que analisaram o evento. Um grande incêndio se espalhou por 90 quilômetros no leste da Mongólia, entre a China e a Rússia. No detalhe da imagem aparecem as nuvens densas de fogo e fumaça. Crédito: NASA
Neste tipo de formação, o ar ascendente que estimula o desenvolvimento da nuvem sai do calor das chamas e não do solo aquecido pelo sol, por exemplo, como seria parte do desenvolvimento comum de uma nuvem de tempestade do tipo cumulonimbus. A pirocúmulo se forma acima de grandes incêndios e pode continuar crescendo alimentada pelo calor do fogo, produzindo raios e até desencadeando outro incêndio. Por outro lado, se houver umidade, essa nuvem pode condensar e a chuva cai ajudando a extinguir as chamas. Uma nuvem classificada como pirocúmulo tem grande desenvolvimento vertical e as temperaturas observadas pelos satélites no topo da nuvem devem ser -40°C ou mais baixas. |
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