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Sábado, 9 jul 2022 - 14h37
Por Maria Clara Machado

Onze vítimas são confirmadas no desabamento de geleira na Itália

A décima primeira vítima foi confirmada pelas autoridades italianas no desabamento do glaciar da Marmolada, que completa hoje uma semana. A região dos Alpes Italianos vem sofrendo com as alterações climáticas há décadas e tem um futuro preocupante.

Uma porção enorme se rompeu da glaciar da Marmolada, nos Alpes Iatlianos, deixando um saldo de onze mortos. Crédito: Divulgação pelo twitter @cnsas official
Uma porção enorme se rompeu da glaciar da Marmolada, nos Alpes Iatlianos, deixando um saldo de onze mortos. Crédito: Divulgação pelo twitter @cnsas_official

Segundo as autoridades, não há mais nada que indique a presença de outras vítimas e esta é a última a ser encontrada. A Agência Internacional de notícias ANSA, divulgou que os restos encontrados na região da montanha passarão por análises para o processo de identificação das vítimas.

A tragédia aconteceu durante o desabamento de uma enorme porção do glaciar da Marmolada sobre alpinistas, na cidade de Canazei, região conhecida no norte da Itália, próximo a fronteira com a Áustria, no dia 3 de julho.

Geleira da Marmolada enfrenta grave crise climática
A montanha que possui 3343 metros de altitude é maior da Cordilheira das Dolomitas, nos Alpes Italianos, e enfrenta uma das piores secas na Itália das últimas oito décadas. A crise climática vem se refletindo em reduções significativas de até 90% de massa da geleira e o cenário é preocupante.

Dados mostram que a cobertura de neve no glaciar era de 714 milímetros no final de maio de 2022, metade do normal para o período.

Especialistas apontam para um cenário grave com o avanço acelerado da redução da cobertura de neve e a total extinção da geleira até 2050 em razão das mudanças climáticas.

A temperatura mínima média durante o inverno na Cordilheira aumentou em torno de 1,5°C em 35 anos, de acordo com um grupo de estudiosos das Universidades de Pádua e Parma e do Instituto Nacional de Oceanografia e Geofísica Experimental.

Geleira da Marmolada antes e depois do colapso de 3 de julho, em uma  reconstrução do Instituto de Ciências Polares do CNR. Crédito: à direita uma fotografia às 13h30, à esquerda às 14h20, dados da Região Autónoma de Trento, ARPAV, Meteotrentino e Webcam Porta Vescovo Dolomitas
Geleira da Marmolada antes e depois do colapso de 3 de julho, em uma reconstrução do Instituto de Ciências Polares do CNR. Crédito: à direita uma fotografia às 13h30, à esquerda às 14h20, dados da Região Autónoma de Trento, ARPAV, Meteotrentino e Webcam Porta Vescovo Dolomitas

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