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Quinta-feira, 18 jul 2024 - 16h04
Por Maria Clara Machado

Orla de Florianópolis enfrenta o fenômeno da maré vermelha

O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) confirmou que o fenômeno da maré vermelha está ocorrendo na orla da Baía Sul, na região central de Florianópolis. As manchas alaranjadas na superfície da água do mar apareceram esta semana e chegaram a levantar a suspeita inicial de vazamento de óleo.

Maré vermelha é observada na Baía Sul, em Florianópolis. Crédito: divulgação IMA
Maré vermelha é observada na Baía Sul, em Florianópolis. Crédito: divulgação IMA

O IMA e a Capitania dos Portos coletaram amostras na última terça-feira, dia 16, que passaram por análise e revelaram se tratar do fenômeno da maré vermelha, esclarecido em nota divulgada pelo instituto.

Apesar de parecer que as águas estão poluídas, a alteração na cor se deve a maior quantidade de proliferação de microalgas, sem risco imediato para a saúde num primeiro contato. Entretanto, não é recomendado que os banhistas fiquem no mar.

O oceanógrafo Carlos Eduardo Tibiriçá, do IMA, explica que as manchas alaranjadas são na verdade florações de dinoflagelados, popularmente conhecidas como “marés vermelhas”.

O especialista acrescenta que a maré vermelha está ocorrendo em muitas áreas do litoral catarinense este ano, num evento de grande escala próximo ao que ocorreu em 2016.

“Tivemos um outono muito chuvoso, condição que pode provocar esse tipo de evento, cuja duração pode perdurar por semanas ou até poucos meses”, explica o oceanógrafo.

Técnicos do IMA e da Capitania dos Portos analisam as águas do litoral de Florianópolis. Crédito: divulgação IMA
Técnicos do IMA e da Capitania dos Portos analisam as águas do litoral de Florianópolis. Crédito: divulgação IMA

Recomendações
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) recomenda que seja suspenso o consumo de ostras e mexilhões nas áreas de maré vermelha, por ter sido observada a floração também do dinoflagelados Dinophysis spp, que produzem toxinas.

Na atualização mais recente da CIDASC, a área Costeira Freguesia do Ribeirão, Caieira da Barra Sul/Taperinha, Praia do Cedro/Pontal, Enseada do Brito/Maciambu apresentavam restrições em função da maré vermelha.

Parte do litoral de Florianópolis tem restrição por conta da maré vermelha. Crédito: divulgação IMA
Parte do litoral de Florianópolis tem restrição por conta da maré vermelha. Crédito: divulgação IMA

Maré vermelha gerou casos de intoxicação no Nordeste este ano
O fenômeno da maré vermelha chamou a atenção no litoral de Pernambuco e de Alagoas, na Região Nordeste, entre o final de janeiro e o começo de fevereiro de 2024.

Na ocasião, foram registrados centenas de casos suspeitos de banhistas intoxicados em praias onde a maré vermelha foi observada.
Os sintomas relatados por inúmeros banhistas, surfistas e pescadores foram de dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômitos, irritação nos olhos e na pele.

As algas durante o processo de fotossíntese liberam toxinas, que acabam entrando em contato com a água do mar, por isso, pode acabar desencadeando problemas de saúde.

O aumento da temperatura da água do mar, a salinidade e o excesso de nutrientes também são fatores que estimulam as grandes populações de algas e o aparecimento da maré vermelha.

Relembre:

Casos suspeitos de intoxicação pela maré vermelha aumentam em PE e AL

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