Terça-feira, 16 jul 2024 - 11h46
Por Maria Clara Machado
Ao observar as imagens de satélite de alguns dias atrás, é possível acompanhar o trajeto de uma grande nuvem de poeira vinda do Deserto do Saara, na África, cruzando o Atlântico, em direção ao Caribe e aos Estados Unidos. A massa de poeira chegou muito próxima à região de Beryl, mas ainda assim não foi capaz de frear o desenvolvimento do potente furacão, que atingiu a categoria 5 no dia 2 de julho.
Imagem de satélite mostra lado a lado o furacão Beryl e a nuvem de poeira sobre o Golfo do México, no sul dos EUA, no dia 7 de julho. Crédito: WorldView, NASA.
Um furacão para se formar e se alimentar precisa de muita umidade e ar quente, mas quando a camada do Saara está presente na atmosfera, o ar mais seco acaba dificultando o desenvolvimento das tempestades. Um fato curioso ocorreu na semana passada, quando o avanço da grande nuvem de poeira do Saara não impediu que o furacão Beryl tivesse um crescimento explosivo sobre as águas ao leste do Caribe. Na sequência de imagens de satélite do WorldView, da NASA, é possível observar a presença de Beryl, no Caribe, acompanhado pela massa de poeira, que seguia avançando atrás do furacão. A nuvem seguiu pelo Caribe até o Golfo do México entre os dias primeiro e oito de julho: Imagem de satélite mostra Beryl no leste do Caribe e uma grande nuvem de poeira avançando pelo Atlântico no dia primeiro de julho. Crédito: WorldView, NASA. A poeira do Saara avança sobre o Mar do Caribe, seguindo o caminho de Beryl, no dia 3 de julho. Crédito: WorldView, NASA. A poeira do Saara alcança o Golfo do México, simultaneamente ao deslocamento de Beryl, no dia 7 de julho. Crédito: WorldView, NASA
“Se um sistema tropical puder permanecer ao sul o suficiente para protegê-lo do ar seco, ele ainda poderá se intensificar”, completou Dunion. |
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