Terça-feira, 21 dez 2021 - 10h37
Por Maria Clara Machado
As réplicas continuam ocorrendo próximas à cidade de Petrolia, na costa noroeste da Califórnia, após o forte tremor principal de magnitude 6.2 que sacudiu a região na tarde da segunda-feira. São dezenas de réplicas observadas em curtos intervalos de tempo e de baixa magnitude, validadas pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Localização do forte tremor de magnitude 6.2 que sacuiu o noroeste da Califórnia no dia 20 de dezembro e está gerando dezenas de réplicas. Crédito: Painel Global
Petrolia e cidades próximas ao tremor, assim como grandes metrópoles como São Francisco, sentiram o forte abalo com registros de objetos balançando e caindo dos armários, inclusive em vários mercados, muitas vidraças estilhaçadas, mas sem relatos de vítimas e feridos. Um enxame de réplicas está ocorrendo na região desde o tremor principal e até a manhã desta terça-feira, dia 21, já somavam 28 eventos de baixa magnitude. Sete deles atingiram magnitude entre 3 e 3.9. A maior réplica de 3.9 ocorreu a seis quilômetros de Petrolia e 26 quilômetros de profundidade às 21:53UTC da segunda-feira. Parte das réplicas ocorridas na região da cidade de Petrolia, na costa da Califórnia, desde ontem. Crédito: Painel Global/USGS “As réplicas são abalos disparados pelo tremor principal, que age como gatilho no deslocamento ou afundamento de determinadas áreas ao longo de uma falha ou interface entre placas, colaborando de alguma maneira para que zonas altamente instáveis liberem a energia armazenada na forma de um novo terremoto”, explica o diretor do Apolo11 Rogério Leite. Assim sendo, após um terremoto de grande magnitude é normal o surgimento de múltiplos tremores de menor intensidade.
Nesta região, a placa norte-americana desliza em sentido sudeste a 14 mm por ano enquanto a placa do Pacífico se desloca em sentido oposto, a 5 mm por ano. Esse deslizamento entre as placas provoca grande instabilidade em todo o Estado da Califórnia e foi a causa do violento terremoto de São Francisco em 1906. Mapa do Estado da Califórnia mostra a localização da falha de San Andreas e o movimento das placas tectônicas do Pacífico e Norte-americana. Credito: Apolo11
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