Segunda-feira, 20 mai 2024 - 09h53
Por Maria Clara Machado
O retorno de mais tempestades esperadas para o Rio Grande do Sul no decorrer da semana, deverá novamente impactar o nível da Lagoa dos Patos, no sul gaúcho. A Prefeitura de Pelotas está em alerta máximo para o segundo pico de cheia com a descida das águas do Guaíba. Enquanto isso, o Guaíba mantém a marca de 4 m em Porto Alegre neste começo de semana.
Sobrevôo realizado em Pelotas e em São Lourenço do Sul no dia 14 de maio. Crédito: Gustavo Vara/Fotos Públicas
Gráfico mostra subida da Lagoa dos Patos em Pelotas desde o início de maio. Crédito: Serviço Geológico do BR Desde o início das cheias há quinze dias, cerca de 6 mil pessoas saíram de casa em Pelotas e em torno de 750 estão em abrigos. As aulas estão suspensas e vários postos de saúde fechados por conta dos alagamentos. Segundo a prefeitura da cidade, o vento sul deve virar para nordeste e juntamente com o retorno da chuva forte, previsto para a próxima quarta-feira, dia 22, as águas do Guaíba deverão avançar com mais velocidade para a Lagoa dos Patos. Neste começo de semana, a ressaca que está atingindo todo o litoral gaúcho, também contribui para a tendência de elevação da Lagoa dos Patos. Em razão de todos esses fatores, as autoridades mantêm o alerta máximo à espera do segundo pico de cheia na região para os próximos dias. Rio Grande, Pelotas e São Lourenço são as cidades mais afetadas pelas inundações no sul do estado. Sobrevôo realizado em Pelotas e em São Lourenço do Sul, mostrando a situação das enchentes em 14 de maio. Crédito: Gustavo Vara/Fotos Públicas
A marca está em 4,32 m nesta segunda-feira, dia 20, ainda 1,3 m acima da cota de inundação na capital gaúcha. O centro de Porto Alegre continua alagado, depois de duas semanas do início das enchentes no Rio Grande do Sul. Centro histórico de Porto Alegre permanece alagado devido as fortes chuvas. Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Fotos Públicas A diminuição das águas em parte da região metropolitana de Porto Alegre permitiu o retorno de algumas famílias para suas casas durante o fim de semana, mas a destruição é muito grande e os esforços de limpeza dependem de mutirões de amigos, vizinhos e voluntários. Alguns estabelecimentos comerciais também começam a ter uma retomada lenta. Além disso, 40% das escolas ligadas à prefeitura de Porto Alegre anunciaram o retorno das aulas neste começo de semanas. Gráfico mostra queda do nível do Guaíba observada em Porto Alegre nos últimos dias. Crédito: Serviço Geológico do BR Por outro lado, ainda são mais de 100 escolas que permanecem alagadas ou vão precisar de reformas estruturais. Uma boa notícia é que três bombas flutuantes de drenagem enviadas pela SABESP ao Rio Grande do Sul começaram a funcionar, uma na zona norte de Porto Alegre e as outras duas em Canoas e São Leopoldo.
Mais de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas e mais de 600 mil estão fora de casa. 463 municípios foram prejudicados pelas cheias dos rios.
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