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Sexta-feira, 24 out 2025 - 10h11
Por Maria Clara Machado
Relatório climático aponta ritmo muito lento para alcançar metas do Acordo de Paris
O novo relatório anual sobre mudanças climáticas da WRI, instituto independente global de pesquisas relacionadas ao clima e sustentabilidade, apontou que o planeta ainda está longe das metas do Acordo de Paris em frear o aquecimento global. Há avanços positivos, embora ainda considerados muito lentos no cenário da urgência climática.
![]() Imagem ilustrativa. Visão aérea de Eldorado do Sul (RS) em visita de autoridades no contexto da emergência climática e recuperação da região. Crédito: Mauricio Tonetto/Secom/Fotos Públicas Uma década passou e está difícil cumprir os 45 itens propostos no Acordo de Paris, assinado por 195 países em 2015, firmado para buscar esforços globais com objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C referente aos níveis pré-industriais. Entretanto, projeções de organizações como a WWA (World Weather Attribution) mostram um planeta 2,6°C mais quente no fim deste século, se não houver maior empenho das nações em cumprir as metas. A edição 2025 do “State of Climate Action” (Estado da Ação Climática) da WRI (World Resources Institute), demonstra que seguimos numa “proporção alarmante” nas emissões de carbono. De acordo com o relatório, praticamente nenhum parâmetro foi alcançado, com exceção do aumento positivo da oferta e uso de carros elétricos em 2024. Numa visão geral, o relatório detalha que 6 parâmetros estão numa mudança promissora, embora num ritmo lento para a urgência climática, 29 estão na direção certa muito lentamente, 5 na direção contrária e outros 5 não há dados suficientes para análises. Entre os pontos positivos de avanços, está o crescimento do uso da energia solar e eólica na geração de eletricidade. O setor triplicou desde 2015, mas necessita aumentar bem mais nos próximos anos, visando metas a serem alcançadas até 2030, 2035 e 2050. Na direção errada para as metas, estão a carbonização do setor de aço, o transporte de carros e veículos à gasolina e a diesel, o financiamento público para exploração de combustíveis fósseis. São alguns exemplos destacados. Quando o assunto é desmatamento, o Brasil é destaque, seguido da Indonésia. A área desmatada entre 2015 e 2024 é de 23 milhões de hectares. O combate ao desmatamento no país precisa ser acelerado nove vezes, ressalta o relatório. Às vésperas da COP-30 em Belém, que será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro, a Petrobrás recebeu esta semana, a licença do IBAMA para a perfuração do primeiro poço em águas profundas na bacia da Foz do Amazonas, a 175 quilômetros da costa do Amapá, na contramão dos esforços globais para o uso da energia limpa. |
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