Sexta-feira, 24 mai 2024 - 11h26
Por Maria Clara Machado
O início da temporada de furacões de 2024 se aproxima e a NOAA acaba de divulgar oficialmente a previsão para este ano. Os meteorologistas do Serviço Meteorológico Nacional da NOAA estimam uma atividade acima do normal na bacia do Atlântico Norte e o fenômeno La Niña é apontado como um dos fatores que irá impulsionar a temporada.
Furacão Idalia visto da ISS em 29 de agosto de 2023, quando se aproximava da Flórida. Crédito: NASA EarthObservatory
O centro de previsão climática estima que de 17 a 25 tempestades tropicais sejam nomeadas no lado do Atlântico e desse total, 8 a 13 poderão se tornar furacões, incluindo 4 a 7 grandes furacões. NOAA prevê temporada de furacões de 2024 acima da normalidade. Crédito: NOAA
O oceano mais quente, com as temperaturas da superfície quase batendo recorde no Atlântico, o desenvolvimento e a volta do La Niña nas águas do Pacífico, a redução dos ventos alísios e o menor cisalhamento dos ventos, são os fatores principais que vão favorecer a formação das tempestades tropicais na bacia do Atlântico. “Já estamos vendo tempestades se movimentando por todo o país, o que pode trazer perigos adicionais, como tornados, inundações e granizo. Adotar uma abordagem proativa ao nosso cenário climático cada vez mais desafiador hoje pode fazer a diferença na forma como as pessoas poderão se recuperar amanhã”, declarou o vice-administrador da FEMA, Erik A. Hooks. Lista alfabética dos nomes das tempestades tropicais do Atlântico de 2024, selecionados pela OMM. Crédito: NOAA
No último boletim, a NOAA destacou que o período de neutralidade deve se confirmar no próximo mês já com uma transição para o La Niña. As chances são de 49% do La Niña se desenvolver entre junho e agosto e de 69% de chance entre julho e setembro. Já durante o mês de abril, surgiram temperaturas equatoriais da superfície do mar (TSM) abaixo da média em pequenas regiões do leste do oceano Pacífico. Por outro lado, as temperaturas da superfície do mar acima da média ainda prevaleceram no resto do Pacífico equatorial. Embora o La Niña se caracterize pelo resfriamento das águas do Pacífico central e leste, o fenômeno tende a diminuir o cisalhamento dos ventos nos trópicos. Uma atmosfera calma, com pouco vento, aliada ao calor abundante disponibilizado no Atlântico e no mar do Caribe, cria mais energia e potencial para o aparecimento das tempestades. Gráfico atualizado mostra maior chance do La Niña atuar no clima nos próximos meses. Crédito: NOAA A temporada de furacões de 2024 também terá potencial para monções acima do normal na África Ocidental, que podem produzir ondas de leste africanas, e que por sua vez, ocasionam algumas das tempestades mais fortes e duradouras do Atlântico, de acordo com a NOAA. O Centro de Previsão Climática divulga normalmente uma atualização em agosto, antes do pico da temporada. A temporada oficial de furacões do Atlântico começa no dia primeiro de junho e se estende até 30 de novembro. |
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