Sexta-feira, 1 nov 2024 - 09h04
Por Maria Clara Machado
Imagens de satélite compararam a província de Valência, no leste da Espanha, no mês de outubro de 2022 e de 2024, revelando a extensão das inundações sem precedentes, que atingiram a região esta semana.
O evento extremo de clima do dia 29 de outubro de 2024 levou a iundações sem precedentes em Valência. Crédito: NASA As chuvas torrenciais acima dos 300 mm em poucas horas que caíram na província de Valência, na última terça-feira, causaram inundações severas e danos assustadores. Segundo a última atualização das autoridades, o número de mortos passou de 200 nas cidades do leste e sul da Espanha, que sofreram com as chuvas volumosas, sendo a grande maioria das vítimas da região de Valência. O rastro de destruição na cidade de Paiporta, em Valência, foi o que mais impressionou com montanhas de carros uns sobre os outros, estradas destruídas e as ruas e casas tomadas por muita lama. Somente em Paiporta foram pelo menos 40 vítimas fatais. Chuvas volumosas deixaram rastro de destruição na região de Valência. Crédito: divulgação via X @TuiteiroSismico A Agência Estatal de Meteorologia da Argentina (AEMET) registrou pontualmente volumes de quase 500 mm em 8 horas na cidade de Chiva, pertencente à província de Valência. O Lansat8, da NASA, capturou imagens de satélite de Valência em 25 de outubro de 2022 e em 30 de outubro de 2024. É possível observar em detalhes as inundações generalizadas que cobriram a área urbana e agrícola no interior e ao redor de Valência. As águas da enchente carregadas de sedimentos encheram o canal do rio Turia, que deságua no Mar Balear. Aparecem na imagem também os pântanos costeiros de L'Albufera ao sul da cidade: Região de Valência, no leste da Espanha, em 30 de outubro de 2024. Crédito: Landsat 8, NASA. Região de Valência, no leste da Espanha, em 25 de outubro de 2022. Crédito: Landsat 8, NASA Um sistema conhecido localmente como DANA foi o responsável pelas grandes tempestades e a temperatura da superfície do Mediterrâneo, quase 2°C acima do normal, pode ter contribuído para agravar o fenômeno.
Imagem de satélite mostra as nuvens carregadas formadas pelo sistema DANA sobre o leste da Espanha na terça-feira. Crédito: AEMET Essa formação vem do choque de uma massa de ar frio, de um sistema de baixa pressão em alta altitude, que encontra o ar quente e úmido do solo, provocando tempestades severas. Esse tipo de tempestade pode permanecer estacionária ampliando seu potencial para ocorrerem inundações. Os especialistas, entretanto, chamam a atenção que o fenômeno está mais intenso por conta do aquecimento das águas do Mediterrâneo. O evento extremo de clima desta semana foi considerado a pior inundação do século na Espanha. |
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