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Segunda-feira, 26 ago 2024 - 09h57
Por Maria Clara Machado

Satélites mostram estados de SP, GO e o DF tomados por fumaça dos incêndios

A proliferação de milhares de focos de incêndios no interior de São Paulo nos últimos dias deixa 48 cidades em alerta máximo para o risco de fogo. Satélites capturaram mais imagens, mostrando a enorme quantidade de fumaça vinda das queimadas sobre o estado paulista e que avançou em direção à Goiás e ao Distrito Federal no fim de semana. O número de focos de incêndio é o maior em décadas.

Céu em Ribeirão Preto tomado por fumaça no dia 25 de agosto. Crédito: divulgação via X @dudafleur
Céu em Ribeirão Preto tomado por fumaça no dia 25 de agosto. Crédito: divulgação via X @dudafleur

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Incêndios sem precedentes
Rios de fumaça que avançaram do Norte do Brasil e do Pantanal em direção a Região Sul e ao estado de São Paulo durante toda a semana passada foram transportados pelos ventos e encontraram ar seco, baixa umidade e calor, condições do tempo que pioraram a situação.

O fogo alto avançou pelas matas e a fumaça alcançou estradas em dezenas de municípios paulistas, que enfrentaram uma situação sem precedentes com imagens que lembram os grandes incêndios da Califórnia.

Ribeirão Preto e nove cidades da região estão entre as áreas mais atingidas pelos incêndios e a fumaça. As aulas foram suspensas para um trabalho conjunto de faxina nas escolas por conta da grande quantidade de fuligem que se acumulou nos últimos dias.

Fumaça tomou conta de Ribeirão Preto (SP) no fim de semana. Crédito: divulgação via X @livinonaprayerr
Fumaça tomou conta de Ribeirão Preto (SP) no fim de semana. Crédito: divulgação via X @livinonaprayerr

Estrada com baixa visibilidade por fumaça em direção à Guatapará, região metropolitana de Ribeirão Preto, dia 25. Crédito: divulgação via X @tarcis jo
Estrada com baixa visibilidade por fumaça em direção à Guatapará, região metropolitana de Ribeirão Preto, dia 25. Crédito: divulgação via X @tarcis jo

Além dos transtornos e perigo, a qualidade do ar bastante prejudicada levou a uma disparada nos problemas respiratórios e atendimentos por inalação da fumaça.

Um avião do modelo KC-390 Millenium, da Força Aérea Brasileira (FAB), está em Ribeirão Preto e vai ajudar no combate aos focos de incêndios esta semana.

Fumaça se espalhou por GO e DF
A chegada de uma frente fria ao estado de São Paulo trouxe um pouco de chuva, o que ajudou a amenizar parte dos incêndios no domingo. Entretanto, com a mudança de direção dos ventos, a fumaça de São Paulo avançou para Goiás e o Distrito Federal.

As imagens de satélites divulgadas no Worldview, da Nasa, mostram o fluxo de fumaça vinda do Norte do Brasil e do Pantanal chegando a São Paulo. Somado aos focos de incêndios que dispararam no estado de São Paulo, a fumaça se espalhou ainda mais, resultando numa situação que se agravou principalmente desde a sexta-feira:

Imagem de satélite dia 24 de agosto. Crédito: Worldview/NASA
Imagem de satélite dia 24 de agosto. Crédito: Worldview/NASA

Outras imagens aproximadas mostram a fumaça espalhada primeiramente sobre São Paulo e depois sobre Goiás e o Distrito Federal entre os dias 24 e 25 de agosto, sábado e domingo:

Imagem de satélite dia 24 de agosto. Crédito: Worldview/NASA
Imagem de satélite dia 24 de agosto. Crédito: Worldview/NASA

Imagem de satélite dia 25 de agosto. Crédito: Worldview/NASA
Imagem de satélite dia 25 de agosto. Crédito: Worldview/NASA

Incêndios criminosos e números recordes
A grande maioria dos incêndios começa por ação humana e a polícia federal investiga diversas ações criminosas e ilegais.

A polícia abriu 31 inquéritos para apurar a suspeita de incêndios criminosos que se multiplicaram na Região Norte, no Pantanal e em São Paulo nos últimos dias.

O governo do estado de São Paulo também montou um gabinete de crise para coordenar as ações de combate ao fogo.

O estado de São Paulo já tem o agosto com o maior número de focos de incêndios em 26 anos. Foram 3482 focos detectados por satélites até o dia 25, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O Brasil também bateu recorde no número de queimadas desde 2010. O número de focos chega a 107 mil entre primeiro de janeiro de 25 de agosto de 2024, contra 61 mil focos no mesmo período do ano passado e 126 mil registrados em 2010.

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