Terça-feira, 1 dez 2020 - 08h58
Por Maria Clara Machado
Temporada de furacões do Atlântico foi histórica e teve 30 tempestades nomeadas
Confirmando e superando as projeções iniciais da NOAA para a temporada de furacões do Atlântico, o ano de 2020 entra para a histórica com número recorde de tempestades tropicais nomeadas. Foram 30 tempestades que receberam nome pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), das quais 13 viraram furacões.
![]() Cinco sistemas atuavam ao mesmo tempo sobre em 15 de setembro. Karina, Sally, Paulette, Teddy e Vicky, da esquerda para a direita. Crédito: NOAA/Apolo11 A temporada de 2020 ultrapassou a de 2005 até então recorde, quando 28 tempestades foram nomeadas no Atlântico, com destaque para os destruidores furacões Katrina e Wilma. Este ano a lista oficial de nomes elaborada pelo NHC e a Organização Meteorológica Mundial precisou ser ampliada em sete nomes seguindo o alfabeto grego. Já em 2005, foram seis nomes do alfabeto grego.
Cinco grandes furacões atingiram ou passaram da categoria 4 na escala de ventos Saffir-Simpson: Teddy (categoria 4), Laura (categoria 4), Delta (categoria 4), Eta (categoria 4) e o Iota (categoria 5). Em relação às tempestades, a temporada chegou a 30, sendo que a estimativa da NOOA era de no máximo 19, também acima da média de 12 tempestades tropicais anuais na região.
![]() Imagem de satélite do dia 26 de agosto mostra o grande furacão Laura na categoria 4 muito perto da costa da Louisiana. Crédito: NOAA O furacão Teddy se formou em 15 de setembro e os ventos máximos sustentados atingiram 220 km/h, chegando à categoria 4 na escala Saffir-Simpson. Teddy passou pela região das Bermudas e conseguiu alcançar a Nova Escócia, no Canadá, ganhando muita força se trajeto. Quando Teddy atuava, havia surpreendentemente cinco sistemas simultâneos entre o Atlântico e o Caribe. ![]() Imagem de satélite mostra a posição do furacão Teddy perto da Nova Escócia, no Canadá. Credito: Centro Canadense de Furacões. No início de outubro, foi a vez de o grande furacão Delta ganhar força sobre as águas quentes do sul do Caribe. Delta atravessou a Península de Yucatán, no México, entrou pelo Golfo do México e chegou a Louisiana. Seus ventos alcançaram 230 km/h também chegando a categoria 4. ![]() Imagem de satélite mostra o grande furacão Delta na catagoria 4, próximo a Península de Yucatán, no México, no dia 6 de outubro. Crédito: NOAA Outro grande furacão de 2020 foi o Eta, que impactou severamente com categoria 4 a Nicarágua em 3 de novembro. Seus ventos arrasadores de 240 km/h e a chuvas torrenciais provocaram 150 mortes na América Central, incluindo a Nicarágua, a Guatemala e Honduras. ![]() Imagem de satélite do furacão Eta antes de tocar o solo da Nicarágua. 2,5 milhões de pessoas foram afetadas entre o Panamá e Belize, com danos severos e alto número de mortos na Nicarágua e Honduras. Crédito: NOAA. Duas semanas depois de Eta, o furacão Iota tornando-se o mais forte da temporada 2020. Iota fez um trajeto semelhando ao Eta e também tocou o solo pela Nicarágua, arrasador com ventos que chegaram a 260 km/h. Iota foi o único a atingir categoria 5 nesta temporada. Muitas áreas que já estavam devastadas pelo furacão Eta tiveram mais inundações e outras 31 pessoas morreram. ![]() Furacão Iota atinge a categoria 5 pouco antes de tocar a América Central pela Nicarágua em 16 de novembro. Crédito: NOAA.
![]() Olho do furacão Douglas passa a uma distância mínima da costa de Mauí em 26 de jluho. Crédito: Wolrdview/NASA. A NOAA também previu que a atividade no Pacífico seria mais amena este ano. O furacão Douglas foi o destaque e passou raspando da costa de Maui chegando a categoria 3. Apenas dois furacões no passado foram capazes de tocar as ilhas: o furacão Dot em 1959 e o furacão Iniki em 1992.
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