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Sexta-feira, 29 nov 2024 - 10h03
Por Maria Clara Machado

Temporada de furacões termina com 18 tempestades dentro do esperado pela NOAA

A temporada de furacões do Atlântico de 2024 chega ao fim oficialmente em 30 de novembro com um total de 18 tempestades nomeadas, das quais 11 viraram furacões, sendo cinco grandes furacões. De acordo com a NOAA, a quantidade de tormentas ficou dentro da expectativa do Centro de Previsão Climática da NOAA para este ano.

Furacão Milton capturado por satélite da Nasa em 8 de outubro de 2024. Crédito: Earthobservatory NASA
Furacão Milton capturado por satélite da Nasa em 8 de outubro de 2024. Crédito: Earthobservatory NASA

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A temporada apresentou uma atividade acima da média, com cinco furacões atingindo a costa continental dos Estados Unidos, incluindo dois grandes furacões.

Como comparação, uma temporada média de furacões no Atlântico produz 14 tempestades nomeadas, sete furacões e três grandes furacões.

A NOAA destaca, entretanto, a aceleração recorde que ocorreu após o pico climatológico da temporada, normalmente no início de setembro. Este ano, foram 12 tempestades nomeadas após setembro e desse total, sete viraram furacões desde 25 de setembro, o maior número já registrado neste período.

Lista das tempestades nomeadas na bacia do Atlântico em 2024. Crédito: NHC
Lista das tempestades nomeadas na bacia do Atlântico em 2024. Crédito: NHC

“A impactante e mortal temporada de furacões de 2024 começou intensamente, depois relaxou um pouco antes de rugir de volta”, descreveu Matthew Rosencrans, especialista em furacões do Centro de Previsão Climática da NOAA.

Segundo Rosencrans, vários fatores contribuíram para a calmaria da temporada no período normal de pico. “Os ventos e chuvas particularmente intensos sobre a África Ocidental criaram um ambiente menos hospitaleiro para o desenvolvimento de tempestades.”

Destaques de 2024
Três furacões arrasadores entraram para a história este ano: Beryl, Helene e Milton.

O furacão Beryl foi o primeiro da temporada atingir a categoria 5. Ele se intensificou sobre as águas do Golfo do México e caiu para categoria 1 antes de atingir a costa. Causou inundações em partes do Texas e da Louisiana.

Imagem de satélite mostra o furacão Berly sobre o Texas em 8 de julho. Crédito: Earthobservatory NASA
Imagem de satélite mostra o furacão Berly sobre o Texas em 8 de julho. Crédito: Earthobservatory NASA

Já o furacão Helene atingiu a costa da Flórida, no Golfo do México, em 26 de setembro, como um furacão de categoria 4. A tormenta atravessou o interior do continente, chegando até as montanhas da Carolina do Norte, levando inundações catastróficas e danos generalizados para essas áreas, além do oeste da Flórida.

Dados preliminares indicam que Helene foi o furacão mais mortal a afetar o continente dos Estados Unidos desde o Katrina em 2005, com um saldo de 150 vítimas fatais, a maioria da Carolina do Sul e da Carolina do Norte.

Helene produziu grandes volumes de chuva pelo interior do continente entre 25 e 27 de setembro. Crédito: Earthobservatory NASA
Helene produziu grandes volumes de chuva pelo interior do continente entre 25 e 27 de setembro. Crédito: Earthobservatory NASA

O furacão Milton atingiu a costa como categoria 3 perto de Siesta Key, no oeste da Flórida, em 9 de outubro. Arrasador, resultou em um surto de 46 tornados, chuvas torrenciais com volumes de 250 mm a mais de 380 mm e inundações localizadas.

Imagem de satélite mostra o furacão Milton sobre o Golfo do México dia 9 de outubro, dias antes de atingir a Flórida. Crédito: Earthobservatory NASA
Imagem de satélite mostra o furacão Milton sobre o Golfo do México dia 9 de outubro, dias antes de atingir a Flórida. Crédito: Earthobservatory NASA

A NOAA destacou que a taxa de intensificação de Milton ficou entre as mais altas já observadas pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) quatro a dois dias antes de tocar o solo.

Temporada sem La Niña
Quando a NOAA soltou a previsão oficial para esta temporada no final de maio, a possível formação do fenômeno La Niña e sua influência estava sendo levada em conta.

Embora o La Niña se caracterize pelo resfriamento das águas do Pacífico central e leste, o fenômeno tende a diminuir o cisalhamento dos ventos nos trópicos. Um cenário de uma atmosfera calma, com pouco vento, aliada ao calor abundante disponibilizado no Atlântico e no mar do Caribe, impulsionaria mais energia e potencial para o aparecimento das tempestades.

Entretanto, a temporada de furacões de 2024 seguiu sem a confirmação de um La Niña. Se o fenômeno tivesse se configurado, o número de tempestade na bacia do Atlântico poderia ter sido ainda maior.

Temporada branda no Pacífico
Já a temporada de furacões do Pacífico de 2024 termina abaixo da normalidade, também dentro da previsão da NOAA.

Foram 12 tempestades nomeadas, das quais quatro viraram furacões no Pacífico leste e um furacão formado no Pacífico central.

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