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Quinta-feira, 27 mar 2025 - 14h24
Por Maria Clara Machado

Ventos fortes e tempo seco impulsionam incêndios sem precedentes na Coreia do Sul

A situação dos incêndios florestais se agravou no interior da Coreia do Sul. As autoridades informaram que a área atingida pelo fogo dobrou de tamanho em dois dias e o evento já está sendo considerado como o pior desastre natural do país.

Incêndios sem precedentes se espalharam pela região de Uiseong, na Coreia do Sul. Crédito: divulgação via X @theinformant x
Incêndios sem precedentes se espalharam pela região de Uiseong, na Coreia do Sul. Crédito: divulgação via X @theinformant_x

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Até o momento, foram confirmadas 27 mortes, além de muita destruição em dezenas de edifícios e templos budistas históricos na região do condado de Uiseong, província de Gyeongsang do Norte, no sudeste do país. Mais de 5400 mil pessoas já precisaram ser evacuadas.

O incêndio mais grave de Uiseong já consumiu 33 mil hectares, superando o recorde anterior de 24 mil hectares em outro grande incêndio de março de 2000.

As dezenas de focos começaram a sair de controle desde 21 de março e fatores meteorológicos como o tempo seco e os ventos fortes acabaram impulsionando as chamas em direção ao leste como é visível em imagens de satélite.

As temperaturas elevadas também contribuíram para a atual condição de secura na região, segundo especialistas. Os eventos ainda serão investigados sob a hipótese de serem criminosos.

As chamas se propagaram numa velocidade avassaladora e sem precedentes por uma área montanhosa de florestas, alcançando quase a costa da Coreia. Imagens do WorldView, da Nasa, revelam a extensa área de fumaça no dia 25 de março.

Mapa destaca os focos de incêndios e a fumaça sobre a Coreia do Sul no dia 25. Crédito: WorldView NASA
Mapa destaca os focos de incêndios e a fumaça sobre a Coreia do Sul no dia 25. Crédito: WorldView NASA

A cidade de Andong aparece no detalhe da extensa área de fumaça detectada por satélites da NASA no dia 25. Crédito: WorldView NASA
A cidade de Andong aparece no detalhe da extensa área de fumaça detectada por satélites da NASA no dia 25. Crédito: WorldView NASA

Outra imagem de satélite do dia 22 de março destaca uma grande pluma de fumaça mais ao sul da Coreia, no condado rural de Sancheong. A região também é de terreno montanhoso e os ventos fortes dificultam os esforços de contenção das chamas.

Imagem de satélite Coreia do Sul dia 22, Crédito: Earthobservatory NASA
Imagem de satélite Coreia do Sul dia 22, Crédito: Earthobservatory NASA

Os militares da Coreia do Sul estão combatendo arduamente os incêndios e contam com a ajuda de 120 helicópteros. Ontem, um piloto morreu durante as operações.

O último balanço é que cerca da metade das chamas já foi controlada, porém o risco de fogo permanece elevado, pois a previsão ainda é de pouca chuva para os próximos dias, segundo informações da meteorologia local.

O cenário é desolador especialmente em templos e casas históricas em Gyeongsang do Norte. O templo Gounsa de 681, por exemplo, com 1300 anos de história, foi consumido pelo fogo, informou Deungwoon, chefe do templo, de acordo com agências de notícias internacionais.

Registro de destruição em uma moradia em Andong. Crédito: divulgação via X @IfangBremer
Registro de destruição em uma moradia em Andong. Crédito: divulgação via X @IfangBremer

O governo declarou estado de desastre para várias das regiões afetadas.

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