Quinta-feira, 27 jan 2022 - 10h02
Por Maria Clara Machado
O relatório mais recente divulgado ontem pelo Instituto Smithsonian/USGS demonstra que nenhum evento eruptivo adicional foi detectado no vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Haapai depois da grande explosão do dia 15 de janeiro. Entretanto, abalos sísmicos vêm sendo registrados.
A atividade fenomenal do vulcão gerou ondas de tsunami que chegaram a mais de 100 localidades banhadas pelo Pacífico. A grande explosão do vulcão em Tonga gerou uma nuvem congumelo de cerca de 500 quilômetros de diâmetro. Estão ocorrendo tremores, mas nenhum novo evento eruptivo foi observado nos últimos dias. Crédito: NASA
A NASA também havia divulgado que a nuvem cogumelo, que envolveu a explosão do vulcão, atingiu cerca de 500 quilômetros de diâmetro em sua extensão máxima. Com a ajuda de satélites foi possível observar que pequenas quantidade de cinzas e gás podem ter chegado a 39 quilômetros de altitude. Altitude onde foram detectadas cinzas vulcânicas do Hunga Tonga-Hunga Haapai em 16 de janeiro. Crédito: NASA Até sábado passado, dia 22, a pluma vulcânica ainda flutuava em altitudes entre 12 e 19 quilômetros, embora a cinza mais difusa estava se confundindo com as nuvens, segundo as observações do Darwin VAAC, Centro de Consultoria responsável por emitir alertas de cinzas vulcânicas potencialmente perigosas para a aviação. Durante o fim de semana a ponta da pluma atingiu a costa leste da África, uma distância de mais de 14 mil quilômetros do arquipélago de Tonga, mas o VAAC confirmou que as cinzas já não eram mais detectáveis, sem apresentar risco. Uma avaliação do governo de Tonga confirmou que a queda de cinzas e o tsunami gerado pela erupção danificaram todas as ilhas do arquipélago. O primeiro socorro veio da Nova Zelândia, que teve dificuldades no transporte marítimo, por conta das pedras pome e de vários detritos flutuantes encontrados no caminho, no esforço de levar equipamentos de telecomunicação para que fosse possível ter informações da região devastada. Só no começo desta semana é que o aeroporto principal em Ha'apai voltou a funcionar, depois de ter sido tomado por cinzas vulcânicas. Foram dias de voos suspensos e apenas os voos internacionais com ajuda humanitária estavam sendo autorizados a pousar em Tonga. Voluntário da Cruz Vermelha em Tonga trabalham na distribuição de água potável. Crédito: Divulgação Cruz Vermelha
Acredita-se que os sinais de atividade estejam relacionados à um movimento natural pós-erupção ao longo das falhas existentes e não propriamente da movimentação do magma. O vulcão submarino tem registrado atividades sem regularidade desde 2009. A mais recente começou no final de ano passado, quando uma série de erupções surtseiana, específica de mares rasos ou lagos, foram observadas e remodelaram a ilha. Outras explosões recomeçaram em 13 de janeiro, quando então, no dia 15, aconteceu o grande evento explosivo final do Hunga Tonga-Hunga Haapai com a maior onda de choque já vista do espaço. |
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