Sábado, 23 nov 2024 - 09h53
Por Maria Clara Machado
Um vulcão ativo localizado na Península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia entrou novamente em erupção esta semana, sendo a sétima atividade explosiva em quase um ano. O IMO atualizou os riscos para os próximos dias. O vulcão despertou pela primeira vez em 2021, com dez erupções no decorrer deste ano, após um período de 8 séculos adormecido.
Vulcão na Islândia em erupção dia 20 de novembro. Crédito: Segurança Pública/Bjorn Oddsson Agora, as explosões consecutivas vêm acontecendo desde dezembro de 2023 e dando um verdadeiro espetáculo de imagens, embora seja uma ameaça à pequena cidade pesqueira de Grindavík, às áreas turísticas e a importante Usina geotérmica de Svartsengi, localizadas próximas à cadeia de montanhas. Segundo o Gabinete Meteorológico da Islândia (IMO), a nova erupção começou na noite da quarta-feira, dia 20 e deste então, as três crateras do vulcão estão ativas. Imagens aéreas mostraram uma forte explosão de lava emergindo de uma fissura. Fluxo de lava à oeste em direção à Grindavík. As luzes da usina HS Orku aparecem em primeiro plano. Crédito: Segurança Pública/Bjorn Oddsson As luzes em Grindavík podem ser vistas à distância e as luzes da Usina de Svartsengi no lado direito da imagem. Crédito: Segurança Pública/Bjorn Oddsson/Guarda Costeira
Os moradores de Grindavík foram orientados mais uma vez a evacuar a região. Quando o vulcão aumentou sua atividade no ano passado, várias rachaduras ocorreram no solo da Grindavík e a cidade precisou ser completamente evacuada por semanas. A erupção atual também já levou ao fechamento da usina geotérmica e a retirada de hóspedes do complexo turístico de águas termais, Lagoa Azul. Amanhecer do dia 22 no Fagradal. Três áreas estão ativas na fissura da montanha. Crédito: IMO Cerca de 10 milhões de metros cúbicos de magma já fluíram da câmara magmática nas primeiras horas da erupção vulcânica, o que representa cerca de metade do volume acumulado na câmara desde a última erupção. Toda a evolução é comparada ao que foi observado no início das duas últimas erupções, relatou o IMO. Um fluxo considerável de lava da cratera do meio ainda escorre principalmente para oeste, enquanto os fluxos das partes sul e norte da fissura flui para leste, porém sem atingir nenhuma infraestrutura diretamente nesta área. A direção dos ventos nos próximos dias pode ser um problema, pois é estimado que o risco de poluição pelos gases da erupção seja muito elevado em direção à Grindavík e à Usina de Svartsengi, situação que requer atenção, alerta o IMO.
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