Anônimo    Santos - SP em 09/01 - 12h23   
Após o terrível acidente com um raio ferindo pessoas e matando uma criança no Guarujá, a combinação - fator de grande e maior incidência de raios no verão na região da Baixada Santista, mais o fato da ocupação da cidade de Guarujá por centenas de milhares de turistas nesta época lotar praticamente praias, calçadões, edifícios, hotéis, bares, estacionamentos públicos e privados, e finalmente o fator imprudência/falta de esclarecimentos, aumentam consideravelmente a probabilidade de acidentes com descargas elétricas atmosféricas...

Ainda assim, as cidades da Baixada Santista, por estarem às margens do oceano, podem por vezes, em tardes de verão ficarem livres de tempestades elétricas, pelo simples fato de que a convecção pode apenas se formar na região do topo das serras (fator orográfico) e planalto (capital paulista e arredores, pela distância ao mar) e não formar-se no litoral. Até podem se formar células de tempestades elétricas no litoral, porém, por uma pequena variação, fazendo a diferenciação maior de pressão entre o mar e o continente, nuvens baixas (estratos), são advectadas do mar, disipando assim as células convectivas que poderiam causar muitos raios e chuvas torrenciais, por exemplo.

Em parte, é por essa razão e porque há muitas ilhas de calor na capital e arredores, que assistimos tempestades se concretizarem nessa região e praticamente nada ou chuva irrisória no litoral...

Mesmo assim, temos que no precaver, afinal pelos radares meteorológicos, pode-se saber onde há maior adensamento de células convectivas através do rastreamento das nuvens cumuliformes pesadas, mas saber exatamente onde cairão os raios, jamais. È imprevisível!!!

Por isso, mesmo não se detectando visual e/ou auditivamente raios e/ou trovões, se nuvens se formam, especialmente aquelas mais escuras, saiamos da praia e do calçadão o quanto antes!!!!

Não se abrigar sob árvores, em casa ficar o mais distante possível de lâmpadas e tomadas da rede elétrica, desligar o plugue de aparelhos elétricos e eletrônicos, não falar ao telefone fixo ou móvel, etc, são aqueles cuidados básicos que se deve ter em mente, no entanto, se tivermos muita necessidade de sairmos de casa, evitemos aqueles guardas-chuvas com ponta metálica...

Já me perguntaram sobre carros... Quem está se locomovendo em veículos, não deve temer os raios, pois apesar de que os pneus não ofereçam nenhuma preoteção (como muitos pensavam), a carcaça metálica funciona como uma blindagem, conhecida pelos físicos e engenheiros eletricistas como "Gaiola de Faraday". O mesmo se aplica ao caso de aviões... Inclusive, só em situações quando a atmosfera é extremamente turbulenta (como na região entre Fernando de Noronha até a linha do Equador e mais ao norte e a Africa, onde cinturões de nuvens de tempestades severas são quase constantes), que descargas muito poderosas podem desestabilizar uma aeronave, como aquele avião que desapareceu sobre o Atlântico em 2009, embora o "tubo de Pitot" possa estar por trás disso também...

Em anexo, uma imagem com os possíveis caminhos que um raio pode fazer ao incidir sobre o corpo humano. De acordo com a região do corpo ponde penetra o raio, pode o mesmo ser letal ou não... Mas, se atingir a cabeça, o problema drama é que sempre passa pelo coração! A tensão acumulada em um raio é de milhares de volts, mas uma corrente elétrica de apenas 1 A (um ampére), é mais que suficiente para causa a morte do atingido por uma descarga elétrica atmosférica!!

Anônimo são paulo-SP comentou em 10/01 - 16h24
Amilton Rodrigues no video qui você deixou o raio aparece quando o video chega em 38 segundos de duração!!!
Anônimo Mauá-SP comentou em 10/01 - 08h42
Apenas enriquecendo mais este post, segue um video de um avião sendo atingido por um raio [Ver site]
Anônimo Santos-SP comentou em 09/01 - 17h45
Grato Paulo, Aurora e Sel.

Paulo, concordo que no quesito segurança e proteção contra raios, houve avanços para as atuais aeronaves, mas lembro que a região que o boeing de 2009 atravessou (ou tentou)é nada mais, nada menos do que a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical), cinturão de nuvens cumuliformes ao redor do globo na altura do equador), porção da atmosfera extremamente turbulenta. Também, alie-se a isto, o fato de que o tema raios ainda guarda muitos mistérios aos físicos atmosféricos!

Sel São Paulo-SP comentou em 09/01 - 17h39
Boa tarde RG´s! Bonafim, grata pelo post, Fabio, deixo um link de um vôo acidentado por raio, abçs :)

[Ver site]

Anônimo Santos-SP comentou em 09/01 - 17h35
Explorando um pouco mais o tema, choques elétricos em alta frequência, produzem campos magnéticos de alta intensidade que por sua vez, induzem correntes elétricas que aquecem em demasia corpos de metal. Pessoas que trabalham com microondas (ondas eletromagnéticas de alta frequência), não devem usar materiais metálicos, pois seu aquecimento produz queimaduras, por vezes, graves! Mas, em altas frequências, as correntes elétricas tendem a percorrer trajetos mais superficiais nos condutores elétricos. Este é o efeito "Skin" (pele, em inglês). Como o trajeto é superficial, os órgãos internos e músculos como o coração, estão livres desse efeito. Portanto, os efeitos dos choques elétricos podem variar de acordo com a frequência...
Anônimo Florianópolis-SC comentou em 09/01 - 15h48
Bonafim, excelente artigo. Porém discordo que raios possam desestabilizar aeronaves, pois estas hoje em dia estão muito mais protegidas contra descargas atmosféricas. No passado sim isso era bem comum, como em 8 de dezembro de 1962, quando um raio atingiu um Boeing 707 da Pan Am sobre Elkton, estado de Maryland. Inclusive isso já foi dito por um especialista em meteorologia aeronáutica. O caso de 2009 é muito provável que tenha sido as "tesouras de vento" dentro da nuvem Cumulunimbos.
Anônimo Guarujá-SP comentou em 09/01 - 15h47
Matheus e Bonafim, grata pela atenção e explicações! Como diziam antigamente, "quando a cabeça não pensa, o corpo é que paga!", quando mais conhecermos sobre os fenômenos, menos riscos oferecerão, daí fica melhor apreciá-los... Obrigada, amigos,
Anônimo Porto Alegre-RS comentou em 09/01 - 15h36
Aproveitando o post sobre tormentas, colocarei aqui um link que já foi colocado ontem, entretanto não deve ter sido visto por muitos pois ficou muito para baixo. Segue link. [Ver site]

Sobre a noite dos tornados no RS.

Fico por aqui, vou trabalhar, tenham todos uma boa noite.

Anônimo Santos-SP comentou em 09/01 - 14h57
Boa tarde!

Aurora, como disse o colega, os raios podem ter "rumos" diversos: "nuvem-nuvem' (na Baixada, acontece muito o atrito entre as nuvens cumuliformes de trovoadas e os estratos da circulação marinha, conforme postei há pouco, que podem dissipar ou minimizar a atividade elétrica atmosférica. Também podem subir (solo-nuvens)e aí também é importante não ficar perto ou debaixo de torres de linhas de transmissão de eletricidade ou de telefones móveis. Mas, o mais comum é a descida (nuvens-solo). Bem, não importa tanto se vão subir ou descer, o que precisa mesmo é ficar alerta! Abs...

Anônimo Porto Alegre-RS comentou em 09/01 - 14h28
Faltou um detalhe, o que eu disse foi basicamente a repetição do que foi dito pelo bonafim, créditos a ele. Após a queda do raio é seguro tocar na lataria, a energia é descarregada rapidamente.
Anônimo Porto Alegre-RS comentou em 09/01 - 14h24
É seguro ficar dentro dos carros durante tempestades, entretanto não devemos tocar na lataria, porque não são os pneus que nos protegem como diz a crença popular, é na verdade a lataria. A energia é redirecionada e espalhada por toda a lataria e depois descarregada no solo. O mesmo acontece com os aviões, por isso não há problema se o mesmo for atingido por um raio. Quanto a "queda" de raios. Eles podem "cair", "subir", encontrarem-se no meio ou ser de nuvem para nuvem.
Anônimo Guarujá-SP comentou em 09/01 - 13h11
Bonafim, sobre os carros... pode-se ficar dentro deles em caso de relâmpagos, mas é seguro encostar na lataria após a queda de um raio? O raio só "cai", ou pode acontecer sentido inverso?









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