Alerta vermelho: Ar frio congelante não dá trégua ao sul da Argentina

Mais uma massa de ar frio congelante está deixando o sul da Argentina em alerta vermelho, depois da temperatura mínima de -22,5°C registrada há uma semana. O ciclone extratropical que se formou sobre o oceano Atlântico, na costa do Uruguai, deve levar mais ar polar para o leste e sul do país nos próximos dias.

Paisagem Geleira Perito Moreno, na província de Santa Cruz, no dia 22 de julho. Crédito: Divulgação via twitter @halukdag

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Patagônia em alerta vermelho
O Serviço Meteorológico Nacional da Argentina (SMN) emitiu alerta vermelho de temperaturas extremas, destacando como muito perigoso os efeitos do frio intenso para toda a Patagônia, mesmo para as pessoas que estejam saudáveis.

A região enfrentou um frio excepcional no último dia 17 de julho, quando foi registrado –22,5°C na estação de Perito Moreno, superando até a escala de alertas. Segundo o SMN, o alerta para frio intenso possui o limite de -18°C e marca foi ultrapassada em mais de 4°C.

Apesar de ser um frio rigoroso, o valor não chegou a superar o recorde absoluto de -35°C observado na estação Maquinchao, em Rio Negro, registrado em julho de 1991.

O frio congelante continua atingindo cidades da Patagônia com temperaturas mínimas entre -12°C e -14°C, que se repetiram por vários dias esta semana. El Calafate e Rio Gallegos registraram temperaturas mínimas de -13,5°C e -13,1°C, respectivamente, nesta quinta-feira, dia 27.

Temperaturas mínimas extremas registradas na Argentina em 27 de julho. Crédito: SMN

Está no alerta vermelho quase toda a província de Santa Cruz, incluindo cidades como Gobernador Gregores, Rio Gallegos e El Calafate.

Parte do leste da Argentina se encontra em alerta amarelo para efeitos leves à moderados na saúde em relação às baixas temperaturas, destacando como grupo de risco pessoas acima de 65 anos e com doenças crônicas.

Mapa destaca em alerta vermelho para frio extremo o sul da Argentina dia 27 de julho. Crédito: SMN

A presença de um ciclone extratropical no Atlântico Sul foi o responsável pela entrada da massa de ar frio sobre o sul da Argentina em meados de julho, o que acabou derrubando ainda mais as temperaturas numa região já normalmente fria especialmente no inverno.

Agora, outra massa polar na sequência de um ciclone afastado da costa, está impedindo que as temperaturas subam. Os termômetros negativos devem continuar por mais algum período no sul da Argentina.

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