Sexta-feira, 28 jan 2022 - 09h48
Por Maria Clara Machado
Novas manchas de óleo foram encontradas em 13 praias de cinco municípios, incluindo a capital, do Ceará, desde a terça-feira. Técnicos querem entender se as manchas têm relação com o grande derramento de petróleo cru ocorrido no litoral brasileiro em 2019.
Trabalho de localização de manchas de óleo no litoral do Ceará esta semana. Crédito: Divulgação IBAMA Amostras estão sendo recolhidas e a partir de hoje, passarão por uma análise técnica por professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Ceará com o intuito de saber se as novas manchas têm a mesma origem das que se espalharam por grande extensão litorânea do Nordeste em julho de 2019 ou se trata de um novo derramamento de óleo. Com a ajuda da Marinha, o Ibama, a Sema e ONGs, as manchas de óleo já foram identificadas nas seguintes praias: Cumbe, Canoa Quebrada, Majorlândia, Quixabá, Fontainha e Lagoa do Mato, em Aracati, Canto da Barra e Pontal, em Fortim, Porto das Dunas e Prainha, em Aquiraz, Praia do Futuro e Sabiaguaba, em Fortaleza, e Prainha do Canto Verde, em Beberibe. Mancha de óleo vista em Aquiraz. Crédito: Reprodução redes sociais. O mapeamento e o trabalho de localização das manchas em todo o litoral cearense continuam nesta sexta-feira e no fim de semana. Uma reunião já está prevista para a próxima segunda-feira para definir as ações de limpeza e combate às manchas. As informações locais são de que algumas prefeituras já começaram a realizar a limpeza de parte do óleo nas praias.
Voluntários trabalham na limpeza das praias atingidas por petróleo cru em Alagoas em julho de 2019. Crédito: Divulgação Senado Federal Foram mais de 200 localidades que tiveram registro de óleo nas águas e na faixa de areia. Mais de mil toneladas de óleo foram retiradas do litoral nordestino até o final de outubro de 2019, segundo um relatório da Marinha do Brasil. Em meio às hipóteses levantadas e a demora para a identificação da origem da mancha, as investigações da Polícia Federal concluíram que o vazamento foi de petróleo cru do petroleiro grego Bouboulina. A embarcação havia sido carregada na Venezuela rumo à África do Sul, quando a cerca de 700 quilômetros da costa brasileira, ocorreu o vazamento, entre 28 e 29 de julho de 2019. |
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