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Segunda-feira, 12 fev 2024 - 11h18
Por Maria Clara Machado

Nova erupção vulcânica na Islândia rompe tubulações de água quente em pleno inverno

Uma nova erupção vulcânica ao norte da pequena cidade de Grindavík, na Península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, voltou a jorrar lava na última quinta-feira, dia 8. As autoridades declararam estado de emergência, após a lava romper a tubulação de água geotermicamente aquecida que abastece parte da região. A situação ainda é de atenção com chance de novas erupções nos próximos dias.

Erupção ao norte de Grindavík registrada em 8 de fevereiro de 2024. Crédito: Esquadrão Especial do Comissário da Polícia Nacional/IMO
Erupção ao norte de Grindavík registrada em 8 de fevereiro de 2024. Crédito: Esquadrão Especial do Comissário da Polícia Nacional/IMO

Confira aqui como estão as últimas atividades vulcânicas ao redor do globo!

Três grandes erupções já ocorreram desde dezembro de 2023, ameaçando principalmente a cidade de Grindavík, já evacuada, localizada a poucos quilômetros do vulcão.

Desta vez, a lava chegou a alcançar 80 metros de altura, mais de duas vezes o tamanho do Cristo do Redentor, saindo por uma fissura de três quilômetros de extensão, em meio a nuvens de fumaça, visíveis à distância. Segundo o Escritório Meteorológico da Islândia (IMO), a erupção ocorreu na mesma zona da atividade de 18 de dezembro.

A lava rompeu a tubulação de água geotermicamente aquecida, essencial para atender milhares de residências na Península de Reykjanes e o Departamento de Proteção Civil e Gerenciamento de Emergências da Islândia declarou estado de emergência.

A região de Sudurnes, no sul da Península, foi diretamente impactada pelo rompimento das tubulações e parte dos 28 mil consumidores sofreram com as restrições de aquecimento em pleno inverno na região, que tem registrado temperaturas de até -8°C.

Por outro lado, apesar do corte de água quente, a eletricidade não foi prejudicada. Outros serviços como escolas, creches, museus, foram suspensos, segundo as informações locais.

Voo de patrulha da Guarda Costeira da Islândia mostra a erupção em  8 de fevereiro de 2024. Crédito: Divulgação IMO
Voo de patrulha da Guarda Costeira da Islândia mostra a erupção em 8 de fevereiro de 2024. Crédito: Divulgação IMO

Situação é de atenção
A atividade máxima do vulcão registrada no dia 8 de fevereiro, começou a diminuir no dia seguinte, mas o IMO mantém o alerta para a região.

De acordo com o relatório de monitoramento desta segunda-feira, dia 12, a atividade sísmica na área ao norte de Grindavík tem sido menor nos últimos dias, com cerca de 50 sismos leves diários.

Porém, o magma continua acumulando na câmara magmática e a terra subindo de 0,5 a 1 cm por dia, indicando que um novo fluxo de lava e uma erupção possam se repetir dentro de algumas semanas.

Também houve pequenas atividades sísmicas no lado oeste de Fagradalsfjall, com mais de 100 tremores, a maioria deles perto ou inferior a uma magnitude 1.0, com profundidade de 6 a 8 quilômetros, persistentes nas últimas semanas, aponta o relatório atual.

Mapa mostra área afetada pela erupção vulcânica em 21 de dezembro de 2023 e em 8 de fevereiro de 2024, no sudoeste da Península de Reykjanes. Crédito: IMO
Mapa mostra área afetada pela erupção vulcânica em 21 de dezembro de 2023 e em 8 de fevereiro de 2024, no sudoeste da Península de Reykjanes. Crédito: IMO

Lagoa Azul está fechada
Os fluxos de lava em 8 de fevereiro, chegaram a apenas 500 metros da Lagoa Azul, famoso destino turístico de águas termais, localizado a três quilômetros do vulcão. A região foi evacuada na quinta-feira e permanece fechada.

Uma das piscinas termais na Lagoa Azul aos pés do vulcão. Foto ilustrativa. Crédito: divulgação instagram @bluelagoonis
Uma das piscinas termais na Lagoa Azul aos pés do vulcão. Foto ilustrativa. Crédito: divulgação instagram @bluelagoonis

Vulcão despertou em dezembro de 2023
O aumento disparado da atividade sísmica na Península de Reykjanes começou a ser observada em 25 de outubro, com registro de dezenas de milhares de sismos.

A frequência se intensificou em particular na primeira semana de novembro com 1400 tremores leves detectados diariamente.

O despertar aconteceu em dezembro, quando Grindavik já havia sido evacuada.

Relembre:

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