Segunda-feira, 29 jun 2020 - 10h12
Por Maria Clara Machado
A gigantesca nuvem de milhões de gafanhotos continua parada na região de Curuzú Cuatiá, na província de Corrientes, no norte da Argentina, a apenas a 150 quilômetros da fronteira com o Brasil. Todos os esforços para conter a praga permanecem e as ações envolvendo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina (SENASA) começam a dar resultado já que a população de gafanhotos apresentou uma diminuição neste fim de semana.
Nuvem de gafanhotos continua na região da província de Corrientes, na Argentina. Ações conjuntas permanecem na tentativa de combater a praga. Crédito: Imagem de divulgação/SENASA. Os milhões de gafanhotos começaram a migrar de Assunção, no Paraguai no final de maio e chegaram a Corrientes, no norte da Argentina no dia 23 de junho. Lavouras inteiras de milho, mandioca e girassol já foram destruídas pelos gafanhotos da espécie Schistocerca cancellata. Os pesquisadores explicam que os insetos possuem características migratórias e a presença da praga pode estar associada ao clima quente e seco, além da falta de predadores naturais. O intervalo de tempo em que os tratamentos contra a praga são feitos é curto. Os gafanhotos possuem uma grande capacidade de voo e se movem ao longo do dia. Geralmente se acomodam entre a tarde a noite, com pouca visibilidade, explicam os técnicos da SENASA. Com a ajuda dos ventos, a extensa nuvem de gafanhotos pode caminhar até 150 quilômetros num único dia e atravessar de província outra em poucas horas. Pulverizações aéreas estão sendo realizadas em propriedades na região de Corrientes. A SENASA informou que as ações começaram a dar resultado no fim de semana. Crédito: Imagem divulgadas pelo twitter @SenasaAr
Segundo a SENASA o controle precoce da praga é feito ao longo do ano em grande parte da Argentina a fim de evitar surtos populacionais do gafanhoto da América do Sul. O trabalho em conjunto com a Bolívia e o Paraguai é fundamental para não receber novas invasões que vem acontecendo nos últimos anos, afirmam os especialistas. |
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