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Terça-feira, 9 jan 2024 - 16h28
Por Maria Clara Machado

Serviço europeu Copernicus confirma que 2023 é o ano mais quente da história

O Serviço Copernicus, o Observatório Europeu do Clima, acaba de confirmar que o ano DE 2023 terminou como o mais quente da história do Planeta Terra. Essa conclusão já era esperada pelos pesquisadores e estudiosos, que acompanharam os sucessivos recordes globais de temperaturas mês a mês, especialmente a partir de junho.

Mapa mostra anomalia da temperatura em 2023 em relação à média do período de referência 1991–2020. Crédito: C3S/ECMWF.
Mapa mostra anomalia da temperatura em 2023 em relação à média do período de referência 1991–2020. Crédito: C3S/ECMWF.

O ano de 2023 ficou 1,48°C mais quente em relação ao período pré-industrial (1850-1900), quando as emissões de gases de efeito estufa começaram a aumentar em grandes proporções.

O aumento da temperatura média global é quase o limite máximo de 1,5°C estabelecido como meta até o final do século no Acordo de Paris em 2015, que visa conter os efeitos do aquecimento global no planeta.

Ainda mais preocupante foi o registro pontual do aumento acima de 2°C na temperatura média global por dois dias em novembro de 2023. Além disso, julho e agosto de 2023 se destacaram como os dois meses mais quentes já registrados na história da meteorologia.

Gráfico mostra as temperaturas globais diárias em 2023, evidenciando vários dias de aumento acima da média de 1850–1900, período de referência pré-industrial. Crédito: C3S/ECMWF
Gráfico mostra as temperaturas globais diárias em 2023, evidenciando vários dias de aumento acima da média de 1850–1900, período de referência pré-industrial. Crédito: C3S/ECMWF

O ano de 2023 como um todo foi considerado excepcional e substituiu 2016, até então o recorde mundial. Dados do Copernicus mostraram que a temperatura média global de 14,98°C em 2023 foi 0,17°C superior ao registro de 2016.

A temperatura média da água dos oceanos também bateu recordes sucessivos com valores jamais registrados até hoje.

El Niño pode impulsionar mais recordes em 2024
As intensas ondas de calor sucessivas, que atingiram o Hemisfério Norte durante o verão e o fenômeno natural El Niño, que aquece as águas do Pacífico central e leste, ajudaram a impulsionar o quadro das temperaturas extremas no ano passado.

Anomalias mensais da temperatura global do ar desde 1940. 2023 é destaque com uma linha vermelha grossa, enquanto os outros anos são mostrados com linhas mais finas. Crédito: C3S/ECMWF.
Anomalias mensais da temperatura global do ar desde 1940. 2023 é destaque com uma linha vermelha grossa, enquanto os outros anos são mostrados com linhas mais finas. Crédito: C3S/ECMWF.

Com a perspectiva do El Niño permanecer ativo pelo menos até o mês de abril, especialistas acreditam que 2024 possa ser ainda mais quente e superar o ano de 2023 dentro do contexto do aquecimento global.

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