Tempestade Poly faz muitos estragos e é inédita no verão da Holanda e Alemanha

O ciclone extratropical Poly, uma tempestade de verão, atingiu a Holanda e a Alemanha com ventos destrutivos equivalentes a de um furacão categoria 1. Os danos se espalharam por diversas localidades e duas mortes em consequência da queda de árvores foram confirmadas pelas autoridades holandesas.

Diversas árvores foram arrancadas pelos ventos intensos da tempestade de verão Poly em Haarlem, na Holanda. Crédito: Divulgação via twitter @m_ade_lei_ne

A tempestade de verão foi comparada a uma tempestade de inverno e considerada extremamente incomum para esta época do ano pelos meteorologistas. Os estragos generalizados incluem dezenas de queda de árvores caídas e arrancadas pela força dos ventos, além de carros, calçadas e moradias danificadas.

Cerca de 400 voos foram cancelados no Aeroporto Schiphol de Amsterdã e linhas de trens no norte da Holanda também ficaram paralisadas.

Estragos em Bergen, na Holanda, registrados por moradora da cidade. Crédito: Divulgação via twitter @SilkeCo

Estragos em Bergen, na Holanda, registrados por moradora da cidade. Crédito: Divulgação via twitter @SilkeC

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Por que a tempestade Poly surpreendeu?
A agência meteorológica Weeronline, da Holanda, confirmou que Poly é a tempestade mais forte que já atingiu o país no verão e também a mais intensa desde janeiro de 2018.

A meteorologia da Holanda e da Alemanha emitiu alerta vermelho na terça-feira, enfatizando o risco de danos severos e generalizados durante a passagem do ciclone.

Depois de ventos de até 117 km/h, as rajadas diminuíram para 90 km/h na noite de ontem em Amsterdã. Nas proximidades, os ventos atingiram até 148 km/h em Ijmuiden, na Holanda.

Ventos de até 148 km/h arrancaram árvores druante a passagem de Poly na Holanda. Crédito: Divulgação via twitter @SilkeCo

Poly, batizada pelo Serviço de Meteorologia da Alemanha, evoluiu a partir de um sistema de baixa pressão e se moveu primeiro sobre o Canal da Mancha. Após ser direcionada rumo ao norte-nordeste da Bélgica, Alemanha e Holanda, as nuvens de tempestade enfraquecidas ainda passaram pela Dinamarca e a Suécia na noite da quarta-feira, dia 5.

Os meteorologistas europeus explicaram que um grande sistema de alta pressão está sobre a Rússia. O seu posicionamento ao leste de Poly, criou um grau de variação de pressão acentuado. A mudança abrupta na pressão do ar em uma curta distância, com o avanço do ciclone, acabou gerando os ventos poderosos.

Segundo os especialistas, outros fatores meteorológicos, como jatos específicos de ventos muito intensos dentro do sistema, também contribuíram para fazer Poly ser um ciclone poderoso.

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