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Quarta-feira, 1 out 2025 - 16h52
Por Maria Clara Machado

Bermudas impactada por dobradinha dos furacões Imelda e Humberto

As Bermudas se preparam para a condição severa da passagem do furacão Imelda, previsto para cruzar o arquipélago entre esta noite e o início desta quinta-feira. A região acaba de sofrer os efeitos do poderoso furacão Humberto, que também atuou no Atlântico Norte nos últimos dias.

Imagem de satélite mostra os furacões Imelda e Humberto atuando ao mesmo tempo sobre o Atlântico no dia 30. Crédito: NOAA
Imagem de satélite mostra os furacões Imelda e Humberto atuando ao mesmo tempo sobre o Atlântico no dia 30. Crédito: NOAA

Bermudas à espera de mais um furacão
Um alerta de furacão está em vigor para as Bermudas com a Segurança Nacional ordenando o fechamento dos aeroportos, das escolas e de todos os serviços públicos. Quase mil clientes já notificaram falta de energia elétrica esta manhã.

As autoridades consideram Imelda um sistema perigoso e que “poderá trazer impactos costeiros significativos”.

De acordo com as informações do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o centro de Imelda se encontra a cerca de 430 quilômetros a oeste-sudoeste das Bermudas e se move a uma velocidade de 31 km/h nesta tarde. Imelda está produzindo ventos sustentados de 155 km/h com rajadas mais altas e é, portanto, um furacão categoria 2.

Na trajetória prevista pelo NHC, o centro de Imelda deve cruzar às Bermudas nas próximas horas e se afastar da região durante à tarde da quinta-feira, dia 2.

Ondas grandes e devastadoras poderão levar a inundações costeiras repentinas com risco preocupante. Imelda deve ainda seguir como furacão sobre as águas do Atlântico até a sexta-feira, dia 3.

Trajeto estimado para Imelda nos próximos dias. Crédito: NHC
Trajeto estimado para Imelda nos próximos dias. Crédito: NHC

Imelda já pegou Cuba e Haiti como tempestade
Imelda já impactou o leste de Cuba como tempestade tropical no começo da semana, provocando inundações e deslizamentos de terra, que resultaram na morte de duas pessoas. Mais de 18 mil pessoas precisaram evacuar áreas de risco na província de Guantánamo.
Também o sudoeste e noroeste do Haiti foram afetados pela tempestade e inundações.

Dobradinha no Atlântico
Antes de Imelda, as Bermudas sofreram com outro furacão há menos de dois dias. O arquipélago foi afetado pelas faixas externas do furacão Humberto na última terça-feira, dia 30.

Humberto passou próximo às Bermudas com Imelda ganhando força logo atrás, criando uma situação rara no Atlântico.

Humberto, que esteve ativo por mais tempo, chegou a categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson, com ventos sustentados de 257 km/h no domingo, dia 28.

Furacão Humberto atingiu categoria 5 em oceano aberto no domingo. Crédito: NOAA
Furacão Humberto atingiu categoria 5 em oceano aberto no domingo. Crédito: NOAA

Mas ao passar perto das Bermudas na terça-feira, Humberto começou a enfraquecer e apenas os resquícios da tormenta estão sobre o mar no momento.

Foram dias de mar perigoso, ventos fortes e chuvas torrenciais especialmente em oceano aberto com a atuação simultânea dos dois furacões.

Efeito Fujiwhara
O satélite GOES-19 da NOAA capturou esta imagem curiosa no dia 30 de setembro com os furacões Imelda (à esquerda) e Humberto (à direita), atuando ao mesmo tempo sobre o Atlântico e muito próximos.

Duas tempestades muito próximas podem se entrelaçar criando o Efeito Fujiwhara. Crédito: furacões Imelda/Humberto/NOAA
Duas tempestades muito próximas podem se entrelaçar criando o Efeito Fujiwhara. Crédito: furacões Imelda/Humberto/NOAA

Os centros dos dois furacões ficaram separados por menos de 800 quilômetros, uma situação que não era observada entre dois furacões no Atlântico desde 1853, segundo especialistas.

Nesta situação, as circulações das duas tempestades acabam interagindo em torno de um ponto único central. As tempestades começam a girar uma em torno da outra. É o que os meteorologistas chamam de Efeito Fujiwhara.

Humberto, inicialmente mais forte, acabou puxando o furacão Imelda para o oceano. A partir daí Imelda se fortaleceu, absorvendo parte da energia de Humberto e se transformando num sistema com alto potencial se dirigindo às Bermudas.

Grandes swells
Os grandes swells produzidos pelo furacão Imelda afetaram parte da costa leste dos Estados Unidos, mesmo distante do continente, assim como as Bahamas e as Bermudas.

Casas no Outer Banks, na Carolina do Norte, foram arrastadas pela força de enormes ondas.

Ondas fortes geradas pelo furacão Imelda causaram danos na costa da Carolina do Norte. Crédito: divulgação via X @AsdSkylar
Ondas fortes geradas pelo furacão Imelda causaram danos na costa da Carolina do Norte. Crédito: divulgação via X @AsdSkylar


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