Quarta-feira, 1 out 2025 - 16h52
Por Maria Clara Machado
Bermudas impactada por dobradinha dos furacões Imelda e Humberto
As Bermudas se preparam para a condição severa da passagem do furacão Imelda, previsto para cruzar o arquipélago entre esta noite e o início desta quinta-feira. A região acaba de sofrer os efeitos do poderoso furacão Humberto, que também atuou no Atlântico Norte nos últimos dias.
![]() Imagem de satélite mostra os furacões Imelda e Humberto atuando ao mesmo tempo sobre o Atlântico no dia 30. Crédito: NOAA
As autoridades consideram Imelda um sistema perigoso e que “poderá trazer impactos costeiros significativos”. De acordo com as informações do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o centro de Imelda se encontra a cerca de 430 quilômetros a oeste-sudoeste das Bermudas e se move a uma velocidade de 31 km/h nesta tarde. Imelda está produzindo ventos sustentados de 155 km/h com rajadas mais altas e é, portanto, um furacão categoria 2. Na trajetória prevista pelo NHC, o centro de Imelda deve cruzar às Bermudas nas próximas horas e se afastar da região durante à tarde da quinta-feira, dia 2. Ondas grandes e devastadoras poderão levar a inundações costeiras repentinas com risco preocupante. Imelda deve ainda seguir como furacão sobre as águas do Atlântico até a sexta-feira, dia 3. ![]() Trajeto estimado para Imelda nos próximos dias. Crédito: NHC
Humberto passou próximo às Bermudas com Imelda ganhando força logo atrás, criando uma situação rara no Atlântico. Humberto, que esteve ativo por mais tempo, chegou a categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson, com ventos sustentados de 257 km/h no domingo, dia 28. ![]() Furacão Humberto atingiu categoria 5 em oceano aberto no domingo. Crédito: NOAA Mas ao passar perto das Bermudas na terça-feira, Humberto começou a enfraquecer e apenas os resquícios da tormenta estão sobre o mar no momento. Foram dias de mar perigoso, ventos fortes e chuvas torrenciais especialmente em oceano aberto com a atuação simultânea dos dois furacões.
![]() Duas tempestades muito próximas podem se entrelaçar criando o Efeito Fujiwhara. Crédito: furacões Imelda/Humberto/NOAA Os centros dos dois furacões ficaram separados por menos de 800 quilômetros, uma situação que não era observada entre dois furacões no Atlântico desde 1853, segundo especialistas. Nesta situação, as circulações das duas tempestades acabam interagindo em torno de um ponto único central. As tempestades começam a girar uma em torno da outra. É o que os meteorologistas chamam de Humberto, inicialmente mais forte, acabou puxando o furacão Imelda para o oceano. A partir daí Imelda se fortaleceu, absorvendo parte da energia de Humberto e se transformando num sistema com alto potencial se dirigindo às Bermudas.
Casas no Outer Banks, na Carolina do Norte, foram arrastadas pela força de enormes ondas. ![]() Ondas fortes geradas pelo furacão Imelda causaram danos na costa da Carolina do Norte. Crédito: divulgação via X @AsdSkylar |
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