Quinta-feira, 18 jan 2024 - 10h33
Por Maria Clara Machado
Uma intensa e grande massa de ar frio vinda do Ártico foi a responsável pelas temperaturas extremamente baixas, que acompanharam as nevascas e a chuva congelante, numa ampla área do noroeste do Pacífico à costa leste norte-americana por vários dias neste meados de janeiro de 2024.
Ar frio congelante fez temperaturas despencarem abaixo de 30 graus negativos nos EUA esta semana. Crédito: divulgação via X (twitter) @NWSIWX
O Serviço Meteorológico Nacional de Billings, no estado de Montana, extremo norte dos Estados Unidos e fronteira com o sul do Canadá, registrou -34°C em 13 de janeiro. De acordo com a meteorologia, foi a temperatura mais baixa desde que a estação foi criada em 1999. A sensação térmica foi ainda mais extrema por causa do vento frio. Em Montana, Dakota do Norte e Dakota do Sul, a sensação térmica atingiu -60°C, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional (NWS). O frio extremo de -30°C também foi registrado em regiões de Oregon, Idaho, Utah, além dos estados de Nova York e Maine. São temperaturas extremamente perigosas, que podem causar queimaduras pelo frio e hipotermia em apenas meia hora, alertava a meteorologia. O saldo de vítimas fatais desta onda de frio já chegou a nove pessoas até esta quinta-feira, dia 18. Mapa mostra a amplitude do ar frio sobre os EUA e os locais com temperaturas mais baixas que ficaram inferiores a -30°C no início da semana. Crédito: Modelo GEOS/NASA, 15 de janeiro. O ar gelado também chegou ao Texas e à Louisiana, áreas mais ao sul dos Estados Unidos e fez as temperaturas caírem abaixo de -7°C em Houston no dia 6 de janeiro. O valor estabeleceu um novo recorde histórico para a região em janeiro.
Uma imagem capturada pelo satélite Aqua da NASA em 16 de janeiro, mostra toda a área dos Grandes Lagos afetada pelas fortes nevascas. Michigan acumulou quase 27 centímetros de neve desde o começo do ano, especialmente na semana entre 8 e 16 de janeiro. Imagem de satélite mostra a região dos Grandes Lagos coberta por neve em 16 de janeiro. Crédito: NASA Áreas do oeste de Nova York foram soterradas por mais de 60 centímetros de neve entre os dias 13 e 14 de janeiro. Na cidade de Nova York, a neve também retornou com força, depois de uma interrupção de quase dois anos.
Muitas estradas continuam interditadas e com difíceis condições de tráfego por causa do grande acúmulo de neve. O frio mais rigoroso diminuiu um pouco, mas a sensação térmica ainda é severa com risco de hipotermia em áreas abertas e expostas às condições extremas, continuam alertando as autoridades. Estrada em Indiana tomada pela neve esta semana. Crédito: @NWSIWX Ruas continuam perigosas com acúmulo de neve e gelo no Alabama. Crédito: divulgação via X (twitter) @BryleeWVTM13
Ainda assim, os termômetros marcaram -50,1°C na estação de Keg Creek, na província de Alberta, no dia 13 de janeiro. Um valor na casa dos -50°C não tinha sido registrado desde 2004. Em Edmonton, em Alberta, a mínima tinha atingido a marca de -45,9°C no dia 12 de janeiro. A temperatura também despencou para -46°C na província Saskatchewan e para -43°C na Colúmbia Britânica no fim de semana, valores impressionantes que não eram vistos há 15 anos nos registros da meteorologia do Canadá. |
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