Terça-feira, 28 nov 2023 - 10h49
Por Maria Clara Machado
O Gabinete Meteorológico Islandês (IMO) mantém o aviso amarelo para a probabilidade de uma erupção vulcânica nas proximidades da cidade de Grindavík, na Península de Reykjanes, na costa sudoeste do país. Embora o número de tremores tenha diminuído, ainda ocorrem centenas deles por dia.
A Administração Rodoviária da Islândia faz reparos de emergência para manter os acessos a Grindavík. Os moradores foram completamente evacuados. Crédito: facebook.com/Vegagerdin/
Mapa mostra a quantidade e intensidade dos tremores ocorridos na Península de Reykjanes nas últimas 48 horas. Crédito: IMO Foi relatado um enxame sísmico de curta duração, por cerca de uma hora, sendo registrados 170 terremotos de baixa magnitude, numa profundidade de 3 a 5 quilômetros, na madrugada. Os técnicos avaliaram que este enxame pontual pode estar indicando um aumento de pressão do magma dentro do dique. Ainda de acordo com o IMO, dados de estações de GPS e imagens de satélites continuam mostrando a elevação e a deformação do solo e sugerem que o magma está se acumulando e fluindo para a porção central do dique, que se formou em 10 de novembro. Enquanto o fluxo continuar sendo observado pelos dados disponíveis, existe a probabilidade de erupção e do magma emergir na parte central do dique na área vulcânica entre Hagafell e Sýlingarfell e por isso, o alerta amarelo está mantido. As análises mais recentes também sugerem que o dique formado em profundidade pode ser mais largo do que inicialmente avaliado, e portanto, serão necessários meses para que o magma, que invadiu a área de fratura, se solidifique. Especialistas do Gabinete Meteorológico da Islândia instalaram dispositivos de medição de dióxido de enxofre próximos à Grindavík. Crédito: divulgação via twitter @Vedurstofan
A deformação no solo provocada pelo enxame sísmico do começo de novembro atingiu a cidade, de cerca de 3 mil habitantes, criando uma enorme rachadura principal e outras simultâneas, que levantaram o chão atingindo moradias e as tubulações. As rachaduras e afundamento das ruas e estradas, que ficam a cerca de dez minutos de carro do vulcão, são visíveis e a região continua completamente isolada. O aumento nos níveis de dióxido de enxofre, gás tóxico, emitido pelas alterações do vulcão também foi fator para evacuação total da cidade. A Defesa Civil avalia a situação em Grindavík, que fica a poucos quilômetros do vulcão em alerta amarelo para erupção. Crédito: divulgação via twitter @grindaviknews As autoridades correm contra o tempo para tentar construir barreiras de proteção ao redor da instalação da usina geotérmica perto de Grindavik, que abastece cerca de 30 mil pessoas e pode ser atingida pela erupção vulcânica do Fjagradalsfjall. Também uma das principais áreas turísticas do país, a Lagoa Azul, está com as atividades suspensas. As piscinas naturais de águas termais ficam a apenas 3 quilômetros do vulcão. Evacuação em Grindavík em 10 de novembro, quando um enxame sísmico provocou diversas rachaduras na cidade. Crédito: reprodução via twitter @grindaviknews |
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