Quarta-feira, 16 nov 2022 - 20h29
Por Maria Clara Machado
Markus Varik, guia turístico especializado em busca de auroras por mais de dez anos na Noruega, disse ter se sentido sortudo quando publicou essas imagens deslumbrantes de auroras em sua página no facebook. As auroras em tons fortes de rosa e roxo são fenômenos raríssimos de testemunhar.
Auroras em tons de rosa e roxo são fotografadas por Markus Varik, guia na empresa Greenlander Tromso, no dia 2 de novembro. Crédito: Reprodução página facebook Greenlander Tromso Varik descreveu a aurora boreal rosa como o fenômeno mais forte já visto por ele em todos os anos de trabalho no norte da Noruega. A explosão no céu aconteceu repentinamente por volta das 18 horas, hora local, com um tom de roxo incrível aparecendo por cerca de dois minutos. Normalmente, as auroras possuem tons mais fortes na cor verde. Aurora rosa de forma no ceú do norte da Noruega em 2 de novembro. Crédito: Markus Varik, reprodução página facebook Greenlander Tromso
Segundo os “caçadores de aurora”, o fenômeno mais recente foi possível ser visto após uma tempestade solar, considerada leve, atingir a Terra por mais de seis horas e abrir um espécie de buraco no campo magnético do planeta em 2 de novembro, permitindo a entrada de vento solar e a incidência mais profunda de partículas solares do que o normal na atmosfera terrestre. Auroras em tons rosa e roxo se formaram no começo de novembro no norte da Noruega. Crédito: Markus Varik, reprodução página facebook Greenlander Tromso Na maioria das vezes as auroras são verdes, consequência dos átomos de oxigênio atingidos por partículas energéticas do espaço entre 100 até 300 quilômetros acima da superfície da Terra. Já as auroras em tons rosa e roxo indicam que as moléculas de nitrogênio estão interagindo mais fortemente com as partículas num nível mais baixo que o usual, próximo a 100 quilômetros ou mais inferior. O espetáculo foi deslumbrante para a grupo liderado por Varik, que como bem definiu, foram sortudos em presenciar o fenômeno em Skulsjord, em Troms, norte da Noruega.
Depois de ejetadas, as partículas levam aproximadamente três dias para cruzar os 150 milhões de quilômetros que separam o Sol do nosso planeta e quando atingem cerca de 60 mil km de altitude são desviadas pela magnetosfera terrestre em direção aos pólos. Na atmosfera superior dessas regiões as partículas carregadas se chocam com os átomos de oxigênio e nitrogênio e produzem radiação nos comprimentos de onda do verde e do vermelho respectivamente. Esse efeito luminoso é chamado aurora. Quanto maior a atividade solar, mais intensas são as auroras, que recebem o nome de boreais quando ocorrem próximas ao pólo norte e austrais quando próximas ao pólo sul. É mais comum as auroras ocorrem entre 60 km e 150 km de altitude. Fonte: Apolo11.com |
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