Sexta-feira, 15 dez 2023 - 12h36
Por Maria Clara Machado
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu novo alerta de perigo para mais uma onda de calor, que abrange 15 estados brasileiros e o Distrito Federal (DF), até o final do domingo. O número de dias com ondas de calor em 2023 já é maior do que a média anual registrada em toda a última década e o ano caminha para terminar com nove eventos extremos no total.
Mapa indica em laranja os estados e áreas em aviso de perigo, por conta de uma nova onda de calor esta semana no BR. Crédito: INMET
Estão em alerta de onda de calor até domingo os estados das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e o Distrito Federal, além de Rondônia, Tocantins, sul do Maranhão, do Piauí e o oeste da Bahia. As máximas poderão variar de 33°C até 42°C nas áreas mais quentes. Entre as capitais, a temperatura máxima prevista é de até 40°C para Cuiabá (MT), 42°C em Porto Alegre (RS), 36°C no Rio de Janeiro (RJ) e 35°C em São Paulo, segundo o INMET. De acordo com a meteorologia, um sistema de alta pressão atmosférica está estacionado sobre grande parte do Brasil, funcionando como uma espécie de “cúpula”, impedindo a entrada de frentes frias e mantendo um cenário de alta incidência solar para a subida das temperaturas. Quando a persistência da onda de calor acontece por mais de cinco dias consecutivos, o aviso é alterado para vermelho e o alerta para grande perigo, como ocorreu durante a onda de calor no Brasil no mês passado.
Grande parte do Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai e o norte da Argentina enfrentam calor escaldante até o final da semana. Crédito: Modelo GFS de temperatura no domingo/WINDY. De acordo com o levantamento, a média de dias com ondas de calor era apenas 7 entre o período de 1961 e 1990, a média subiu para 20 entre 1991 e 2000, depois para 40 dias entre 2001 e 2010 e por último, alcançou 52 na década entre 2011 e 2020. O ano de 2023 já foi marcado por nove ondas de calor até o momento, sendo registrada uma por mês durante o segundo semestre. Foram 61 dias com ondas de calor até novembro. O fenômeno El Niño está impulsionando o calor este ano, aliado às questões globais das emissões de gases do efeito estufa e dos recordes observados nas temperaturas do ar e do mar. No Brasil, os efeitos do El Niño em relação ao calor são sentidos principalmente pelos estados das Regiões Centro-Oeste e Sudeste. |
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