Terça-feira, 14 fev 2023 - 16h44
Por Maria Clara Machado
O ciclone tropical Gabrielle ganhou força no Mar de Coral, ao largo da costa leste da Austrália, e seguiu rumo à Nova Zelândia tocando solo da Ilha do Norte provocando estragos sem precedentes nas últimas 24 horas.
Mapa mostra a circulação dos ventos do ciclone Gabrielle sobre o norte da Nova Zelândia. A tempestade avançou do leste da Austrália. Crédito: WINDY Pela manhã as autoridades declararam emergência nacional na Nova Zelândia e avaliam que Gabrielle é a pior tempestade a atingir o país neste século. A devastação ocorre em várias partes da Ilha do Norte, com inundações, deslizamentos de terra e milhares de desalojados. Segundo o Serviço Meteorológico da Nova Zelândia (Met Service), o ciclone Gabrielle produziu ventos na ordem de 140 km/h ao longo da costa, chuva intensa e muita agitação marítima, com ondas que atingiram 11 metros de altura na Baía das Ilhas. Mapa mostra no detalhe a circulação dos ventos do ciclone Gabrielle sobre a Nova Zelândia nesta terça-feira. Crédito: WINDY
O rio Manawatu transbordou com o grande volume de água despejado pelo ciclone Gabrielle. Crédito: Divulgação pelo twitter @StormHour @aokautere Cerca de 150 homens da Força de Defesa evacuaram pelo menos 2500 moradores das áreas inundadas durante a madrugada. Dezenas precisaram subir nos telhados e ficaram presos com o aumento repentino das águas. A chegada do ciclone Gabrielle também obrigou o fechamento de mais de trinta rodovias estaduais e paralisou o transporte ferroviário, aéreo e marítimo em toda metade norte da Ilha do Norte. As equipes de resgate enfrentam dificuldades para alcançar as áreas tomadas pelas enchentes e não há ainda um balanço oficial sobre desaparecidos, feridos e vítimas.
Região de Napier tomada pelas águas, no norte da Nova Zelândia. Crédito: Divulgação pelo twitter @bloemkolk O alerta vermelho continua e a previsão indica um período de 24 a 36 horas de mais ventos fortes, que deverão impactar principalmente a costa leste e o interior das Ilhas Norte e Sul, com uma tendência de melhora ao longo da quarta-feira, dia 15. A capital Wellington, por exemplo, ainda pode receber cerca de 150 mm de chuva, diz a previsão. A cidade mais populosa, Auckland e a parte superior da Ilha do Norte já tinham sofrido com chuvas recordes em janeiro, que deixaram quatro vítimas fatais. Esta é a terceira vez que a Nova Zelândia declara emergência nacional e a primeira por causa de um ciclone. Anteriormente dois grandes eventos fizeram o país tomar a medida, a pandemia do coronavírus em 2020 e o terremoto de Christchurch em 2011. |
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